A indicação do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras gerou irritação na torcida do clube carioca. Torcedores enxergam a movimentação como uma possível evidência da utilização do clube para promoção política do dirigente. Durante a gestão Landim, o Flamengo ficou bem próximo do governo Jair Bolsonaro (PL).
A Petrobras confirmou neste domingo (6) que o Ministério de Minas e Energia do governo Bolsonaro fez a indicação de Landim para a presidência do conselho. O dirigente é ex-servidor de carreira da Petrobras e já presidiu a BR Distribuidora.
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O movimento Flamengo da Gente, formado por torcedores do clube que fazem oposição á diretoria desde o episódo do incêncio no Centro de Treinamento, divulgou uma nota apontando a incompatibilidade da atuação de Landim nas duas funções, o que força seu afastamento do Flamengo apenas 2 meses ser reeleito.
A torcida, então, aponta que é possível que o cargo já estava sendo negociado com Bolsonaro antes da reeleição e que isso representa uma violação ética grave. O grupo cobra explicações a Landim sobre as tratativas e abertura de uma "investigação interna para apuração de violação ética no processo eleitoral".
"Considerando a notória e nefasta aproximação política do presidente Rodolfo Landim com o governo federal, é forçoso admitir a possibilidade de que a articulação para a indicação política de tamanha relevância estivesse em curso antes das eleições do clube ocorrida no final de 2021", afirmam os torcedores.
"A omissão da possibilidade de afastamento precoce da presidência do clube representa grave violação ética do já precário e excludente processo eleitoral do Flamengo, o que deve ser apurado em procedimento interno do clube", aponta ainda a nota.
Nas rede sociais, torcedores ainda apontaram para a possibilidade de Landim ter promovido uma aproximação do Flamengo com Bolsonaro justamente para galgar maiores espaços.