Tomado por um discurso de ódio, armamentista e de deboche dos direitos humanos desde a ascensão da extrema direita em 2018 e da eleição de Jair Bolsonaro à presidência da República no mesmo ano, o Brasil passou a ser visto como um país violento e que gera preocupação internacional. Consequência disso é que o país foi incluso pela ONU em uma lista com cerca de 40 países onde os direitos humanos são desrespeitados.
Michelle Bachelet, a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, denunciou o Brasil nesta terça-feira (8) por conta de sua violência policial contra as pessoas negras.
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Anualmente Bachelet apresenta um balanço a respeito da situação dos direitos humanos ao redor do mundo, onde são destacados os países onde tais direitos são violados e desrespeitados. A lista deste ano conta com cerca de 30 países, entre eles está o Brasil.
Este é o terceiro ano consecutivo, ou seja, desde a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que o Brasil figura entre as nações que merecem atenção e geram preocupações. Na denúncia de Bachelet, o Brasil e os outros países da lista vivem "situações críticas" que demandam "ação urgente".
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"No Brasil, 79% das pessoas mortas em intervenções policiais em 2020 eram de origem africana, segundo uma organização não governamental. Estatísticas preocupantes nesta mesma linha surgem em vários outros países", disse Bachelet.
Para a ONU, conter a violência policial não é uma prioridade do governo Bolsonaro.
Além do Brasil, estão presentes na lista de países que desrespeito os direitos humanos a China, Haiti, México, Irã, Venezuela e outros 20 países.