O presidente Jair Bolsonaro já avisou ao general Joaquim Silva e Luna, que comanda a Petrobras, que ele será demitido do cargo em breve. A informação foi repassada por aliados do grupo que apoia o líder de extrema direita à reportagem do diário conservador paulista Folha de S.Paulo.
De acordo com integrantes do governo federal, os aumentos explosivos autorizados pela petrolífera no começo de março teriam deixado Bolsonaro furioso com o militar que preside a empresa, já que o anúncio do grande reajuste colaborou para acentuar o desgaste público sofrido pelo chefe de Estado, que está sendo chamuscado por todos os lados, como por exemplo no caso de corrupção do MEC, envolvendo pastores amigos do ministro Milton Ribeiro.
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A intenção de Jair Bolsonaro agora é nomear o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, para a presidência da Petrobras, mas seu nome estaria enfrentando resistência em alas dos partidos que dão sustentação ao governo extremista.
Luna passou boa parte das últimas semanas tentando argumentar que não tinha culpa pelo abusivo aumento nos preços dos combustíveis, alegando que tudo estaria atrelado ao aumento do preço do barril de petróleo e outras variáveis conjunturais, o que não adiantou nada na tentativa de frear a avalanche de críticas dirigidas a ele. Até o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), virou seu canhão para o general e o culpou pela inflação desses produtos.
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Mesmo irredutível quanto à demissão do oficial general que comanda a maior empresa pública brasileira, Bolsonaro ainda não definiu uma data exata para a saída de Luna do cargo.