Desesperado com as pesquisas de intenção de voto divulgadas nesta quarta-feira (17), que mostram que seu crescimento não passou de um voo de galinha, Jair Bolsonaro (PL) iniciou uma campanha para tentar atrair eleitores que pretendem anular seu voto nas eleições presidenciais.
Após ato de hasteamento da bandeira no Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira (17), Bolsonaro fez um apelo aos eleitores e usou como exemplo o Chile, que elegeu o progressista Gabriel Boric nas últimas eleições.
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Em sua fala, o presidente anunciou que estará com o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) e a ministra Tereza Cristina (Agricultura) na live na noite desta quinta para explicar "o que está acontecendo", sobre o aumento dos combustíveis e uma possível crise de abastecimento.
"A pior coisa que você pode fazer é anular seu voto. A pior coisa. [Assim] Você está delegando a terceiros o futuro do Brasil e não a você", afirmou, ressaltando que "o futuro" está nas mãos do eleitor.
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"Pessoal muitas vezes reclama: ah, o Chile. O Chile quem decidiu foram os omissos. O pessoal não queria votar em ninguém, a esquerda sempre votou... Não reclame... não reclame", disse Bolsonaro, sobre a eleição de Boric.
Pesquisa Quaest/Genial divulgada nesta quarta-feira mostra que os eleitores que declaram que votarão branco ou nulo varia entre 6% e 8% no primeiro turno. Em eventual disputa entre Lula e Bolsonaro no segundo turno, esse percentual vai a 10%.
Já no estudo feito pelo PoderData, em que Bolsonaro caiu dois pontos, o percentual de eleitores que declaram voto nulo ou branco é de 5% no primeiro turno e de 12% em eventual segundo turno entre os dois principais candidatos.
Medida eleitoreira
No vídeo, Bolsonaro fez mais um anúncio eleitoreiro, buscando atrair o eleitorado descontente com a política econômica.
O presidente anunciou "talvez" para o próximo mês o fim da bandeira vermelha que elevou o preço da energia em todo o país sob alegação do baixo nível dos reservatórios de água nas usinas hidrelétricas.
"Pelo que tudo indica - pelo que tudo indica - essa super bandeira da energia elétrica vai deixar de existir", disse Bolsonaro, evitando falar a cor da bandeira.
Assista a partir de 9 minutos.