Com o objetivo de resguardar pessoas como Adrilles Jorge, demitido da Jovem Pan após fazer uma saudação nazista, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) apresentou um projeto de lei para criminalizar a “falsa acusação” de nazismo.
Pela proposta, “acusar alguém, falsamente, por qualquer meio, de ser nazista” seria passível de dois a cinco anos de detenção, mais multa. A pena é a mesma dada a quem fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos ou propaganda alusiva ao nazismo.
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Segundo a parlamentar, há uma "banalização" de acusações de nazismo no Brasil. Além de Adrilles, ela citou o caso do assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, acusado de fazer um gesto racista - posteriormente, ele disse que estava somente ajeitando a lapela.
Para Kicis, houve "cancelamento" nesses casos. "Temos visto a banalização de acusações de nazismo, de forma a assassinar a reputação de pessoas às vezes por um gesto de arrumar o paletó, às vezes por um tchau que é dado mal interpretado. É preciso que esse Congresso esteja atento a esse tipo de cancelamento, que pode trazer tanta dor para pessoas honestas que possam ser vítimas de falsa acusação desse crime tão bárbaro", disse.
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Quem é Adrilles Jorge
Ao comentar a declaração de Bruno Aiub, o Monark, que defendeu a formação de um “partido nazista reconhecido pela lei”, Adrilles Jorge se despediu com a palma da mão estendida, gesto que ficou conhecido como a saudação ao líder Adolf Hitler.
Ao defender sua postura, Adrilles disse que o tchau foi interpretado erroneamente como um saudação nazista. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou estar "esclarecendo o óbvio" e pontuou que é "radicalmente contra" a fala de Monark.
Acusado de homofobia, racismo, assédio e agora nazismo, Adrilles foi contratado pela Jovem Pan após sucessivas defesas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e críticas a Lula (PT).
Inicialmente, ele fazia parte apenas do elenco do programa Morning Show, onde foi colocado para defender as ideias da extrema direita conservadora.