NAZISMO

Em defesa de Adrilles, Bia Kicis quer criminalizar "falsa acusação" de nazismo

Kicis argumenta que houve "cancelamento" no caso de Adrilles Jorge, demitido da Jovem Pan após fazer saudação nazista

Adrilles Jorge, ex-comentarista da Jovem Pan, e deputada Bia Kicis. Créditos: Reprodução/Youtube/Câmara dos Deputados
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Com o objetivo de resguardar pessoas como Adrilles Jorge, demitido da Jovem Pan após fazer uma saudação nazista, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) apresentou um projeto de lei para criminalizar a “falsa acusação” de nazismo.

Pela proposta, “acusar alguém, falsamente, por qualquer meio, de ser nazista” seria passível de dois a cinco anos de detenção, mais multa. A pena é a mesma dada a quem fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos ou propaganda alusiva ao nazismo.

Segundo a parlamentar, há uma "banalização" de acusações de nazismo no Brasil. Além de Adrilles, ela citou o caso do assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, acusado de fazer um gesto racista - posteriormente, ele disse que estava somente ajeitando a lapela. 

Para Kicis, houve "cancelamento" nesses casos. "Temos visto a banalização de acusações de nazismo, de forma a assassinar a reputação de pessoas às vezes por um gesto de arrumar o paletó, às vezes por um tchau que é dado mal interpretado. É preciso que esse Congresso esteja atento a esse tipo de cancelamento, que pode trazer tanta dor para pessoas honestas que possam ser vítimas de falsa acusação desse crime tão bárbaro", disse.

Quem é Adrilles Jorge

Ao comentar a declaração de Bruno Aiub, o Monark, que defendeu a formação de um “partido nazista reconhecido pela lei”, Adrilles Jorge se despediu com a palma da mão estendida, gesto que ficou conhecido como a saudação ao líder Adolf Hitler.

Ao defender sua postura, Adrilles disse que o tchau foi interpretado erroneamente como um saudação nazista. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou estar "esclarecendo o óbvio" e pontuou que é "radicalmente contra" a fala de Monark.

Acusado de homofobia, racismo, assédio e agora nazismo, Adrilles foi contratado pela Jovem Pan após sucessivas defesas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e críticas a Lula (PT).

Inicialmente, ele fazia parte apenas do elenco do programa Morning Show, onde foi colocado para defender as ideias da extrema direita conservadora.