O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com a imprensa na tarde desta sexta-feira (2) e brincou com o fato de que, “se depender da imprensa” o seu ministério “já está pronto”.
Durante a coletiva, o presidente eleito justificou o fato de, neste momento, não conceder muitas entrevistas. Lula afirmou que prefere esperar o término do trabalho do Gabinete de Transição para falar com mais constância com os jornalistas.
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"Não tenho falado com a imprensa porque estou esperando a transição terminar para que eu possa falar com a imprensa e falar como encontramos o país. A transição é um trabalho minucioso [...] estou convencido de que a situação do Brasil não é das melhores", disse.
Apesar do cenário de terra arrasada encontrado pelo Gabinete de Transição, Lula repetiu um slogan de sua campanha e afirmou que vai trabalhar "para fazer o país voltar a sorrir e a viver sem medo de milicianos".
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Gleisi Hoffmann
O presidente eleito também comentou matérias que foram veiculadas sobre o fato de a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) não assumir um ministério e permanecer como presidenta nacional do PT.
"A Gleisi tem um papel muito importante de manter de o PT organizado e fortalecido. Ela não ser ministra é o reconhecimento da grandeza dela. Ser presidenta do PT neste momento é tão ou mais importante do que ser ministro", disse Lula.
Ministério
Sobre a questão da formação de seu ministério, Lula foi enfático e afirmou que vai retomar a formação de seu segundo mandato com os ministérios da Pesca, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
Além dos ministérios a serem retomados, Lula reafirmou a criação do Ministério dos Povos Originários, promessa feita durante a campanha eleitoral. Segundo Lula, o que está em discussão neste momento é se vai ser ministério propriamente ditou ou uma secretaria especial vinculada à Presidência da República.
Apesar de pressionado para revelar alguns nomes, Lula se esquivou e pediu calma à imprensa. "Não escolhi ministro ainda. Estou em conversa com as forças políticas que ajudaram na minha eleição. Temos que conversar para que possamos construir as mudanças que o país precisa", disse.
Posteriormente, o presidente eleito afirmou que a formação do ministério e a divulgação dos nomes serão realizadas após a sua diplomação, que ocorre no dia 12 de dezembro.
"Depois que eu for diplomado, eu vou começar a escolher o ministério. Não precisa ninguém ficar angustiado. Já tenho 80% do ministério na minha cabeça, mas não quero construir para mim, mas para as forças políticas que me ajudaram na eleição", afirmou Lula.