Gleisi Hoffmann (PT-PR) não será ministra no governo Lula. Em reunião com parlamentares petistas realizada nesta quinta-feira (1) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, o presidente eleito anunciou sua decisão.
Na avaliação de Lula, Gleisi, que é presidente nacional do PT desde 2016, deve seguir no comando da legenda. O próprio estatuto do partido veta o acúmulo de funções.
O presidente eleito considera que a permanência de Gleisi como presidente do PT é de extrema importância para o partido. A parlamentar é uma das lideranças políticas mais próximas do futuro mandatário e desempenhou papel fundamental para que o partido centrasse seus esforços na campanha pela liberdade e comprovação da inocência de Lula no período em que esteve preso.
Na eleição deste ano, Gleisi conquistou seu segundo mandato seguido como deputada federal, já tendo sido senadora e ministra-chefe da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff.
Nomes a serem anunciados
Lula, na série de reuniões que vem fazendo em Brasília, já teria confirmado a mais de um interlocutor, segundo a CNN Brasil, que vai anunciar nos próximos dias dois nomes para compor seu ministério.
Um é o do ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro das Relações Institucionais José Múcio Monteiro Filho, para o Ministério da Defesa. Quando confirmar publicamente o nome de Múcio, Lula deve também anunciar os nomes indicados para o comando do Exército, Marinha e Aeronáutica.
O outro é o do ex-governador e senador eleito Flávio Dino (PSB), para o Ministério da Justiça. Na quarta-feira (30), o senador reeleito Omar Aziz (PSD-AM), que integra o grupo técnico de Justiça e Segurança Pública do governo de transição, informou à imprensa que Lula que garantiu não separar o ministério da Segurança Pública e Justiça no início de sua gestão - uma demanda pleiteada por Dino.