O presidente da alemanha, Frank-Walter Steinmeier, passará a virada de ano no Brasil e é presença confirmada na cerimônia de posse do presidente eleito da nação, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe de Estado da Argentina, Alberto Fernández também estará em Brasília no dia 1º de janeiro. Ambos estadistas confirmaram presença na cerimônia nesta quinta (1º).
"Estou muito feliz com a notícia que o Presidente da Alemanha virá ao Brasil para a posse do Presidente eleito Lula!", escreveu o embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, em sua conta no Twitter. Escreveu, ainda, que o país quer impulsionar "uma nova fase da parceria estratégica" com o Brasil. A mensagem também traz um link para a nota oficial publicada pela Representação da República Federativa Alemã no Brasil confirmando a presença do chefe de Estado.
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Reveillón e Amazônia
O texto da nota informa que o presidente alemão ficará no Brasil de 31 de dezembro a 3 de janeiro e detalha a agenda oficial. De acordo com o documento, com sua presença na cerimônia de posse, "o presidente saúda a mudança democrática de poder no maior país da América Latina". Além de Lula, Steinmeier pretende se reunir com outros chefes de Estado da região. No dia seguinte à posse, viaja a Manaus (AM), acompanhado da Ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Steffi Lemke, em um gesto de afirmação da "importância da floresta para a política climática internacional".
Destacando a expectativa positiva do novo governo brasileiro em relação à proteção da Amazônia, a nota informa que a agenda oficial do visitante inclui visita ao Centro de Monitoramento do Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam) - que monitora o desmatamento em toda a Bacia Amazônica - e ao Observatório da Torre Alta da Amazônia, projeto gerido em conjunto por cientistas da Alemanha e do Brasil com o objetivo de registrar dados meteorológicos, químicos e biológicos, como a concentração de gases de efeito estufa. Steinmeier pretende ter um "panorama dos desafios da proteção ambiental", diz o texto.
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Primeiro-ministro
O atual primeiro-ministro do país, Olaf Scholz, que sucedeu a conservadora Angela Merkel em dezembro de 2021, recebeu Lula em novembro daquele ano, quando o petista fez um giro por países da Europa para se reunir com lideranças políticas. Além de mostrar sua capacidade de articulação, a viagem destacou, por contraste, o isolamento internacional de Bolsonaro. "Estou muito satisfeito com nossas boas discussões e aguardo com expectativa continuar nosso diálogo!", escreveu Scholz em sua conta no Twitter após o encontro, em inglês.
Hermano
Ato diplomático importante no cenário internacional, Alberto Fernández também está confirmado para a posse de Lula. A confirmação do presidente da Argentina foi feita pelo embaixador do país vizinho, Daniel Scioli, após reunião com o presidente Lula nesta quinta. Depois de anos vivendo um distanciamento grande com o Brasil durante o governo Bolsonaro, o diplomata da Argentina disse esperar mais cooperação com o novo governo em função da "grande afinidade política e ideológica" entre os países. "Nós falamos sobre interação energética, cobre, lítio... devido à crise da globalização. Esse é o compromisso do presidente Lula com a América Latina e com o Mercosul", afirmou Scioli. As informações são do jornal O Dia.
Estados Unidos
Tendo à frente um dos primeiros chefes de Estado a parabenizar Lula pela eleição, os Estados Unidos enviarão uma grande comitiva para a cerimônia de posse. O governo dos EUA reservou 200 quartos em um hotel de Brasília para a ocasião. Mas ainda não está decidido quem será o alto representante dos EUA que representará o país na solenidade.
Integrante de um dos grupos técnicos da transição, o advogado e ex-deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) disse durante edição do Jornal da Fórum desta quinta (1º) que o presidente Joe Biden não deve vir à posse. O motivo seria para evitar qualquer contato com o atual governo, ainda presidido por Jair Bolsonaro (PL), uma vez que as tratativas teriam que ocorrer antes do dia 1º de janeiro. Em compensação, Biden convidou Lula a se reunir com ele antes mesmo da posse. O encontro entre os dois está previsto para as próximas semanas, em Washington.
A presença de Biden não está totalmente descartada, mas o mais provável é que o país seja representado por sua vice-presidente, Kamala Harris ou alguma outra autoridade do primeiro escalão, como o secretário de Estado, Antony Blinken, ou o Alto Representante para o Clima, John Kerry, que se reuniu com Lula na COP27 no Egito.