A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (19), a apreensão da arma e munições, além da suspensão do porte da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). As informações foram divulgadas pelo jornalista Daniel Adjuto.
Os pedidos, feitos pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, se dão no âmbito da investigação que apura a conduta da bolsonarista no dia 29 de outubro, véspera do segundo turno das eleições, quando ela sacou uma arma e perseguiu um homem no meio da rua, em São Paulo (SP).
Te podría interesar
Segundo a PGR, há indícios de houve crime de porte ilegal de arma de fogo por parte de Zambelli. "O tensionamento político atual, a iminente transição pacífica de poder e o porte indevido da arma de fogo para o suposto exercício do direito de defesa da honra revelam que são medidas suficientes para coibir a reiteração do delito investigado e resguardar a ordem pública", escreveu Lindôra.
Cabe, agora, ao ministro Gilmar Mendes, do STF, acatar ou não o pedido da PGR para suspender o porte de arma da parlamentar bolsonarista.
Te podría interesar
Relembre o caso
No dia 29 de outubro, enquanto acontecia uma caminhada da campanha de Lula (PT) e Fernando Haddad (PT) na avenida Paulista, Carla Zambelli estava nas imediações quando sacou uma pistola no meio da rua e partiu para cima de um homem negro e outras pessoas, após uma discussão política.
Ela chegou a simular um empurrão do homem com quem discutia - o que não aconteceu - e, após o ocorrido, afirmou que não respeitaria decisões do STF e TSE.
Parlamentares se articularam e entraram com ações tanto na Justiça como na Câmara dos Deputados para que Zambelli fosse responsabilizada.