O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (5) à Procuradoria-Geral da República (PGR) que ouça de forma "imediata" a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) sobre a perseguição armada ao jornalista Luan Araújo, que é negro, pelas ruas da região da Avenida Paulista, em São Paulo, na véspera da eleição.
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Mendes atendeu parcialmente pedido da PGR, que defendeu uma investigação preliminar antes de decidir sobre uma possível investigação.
“Ainda que tal depoimento já tenha sido prestado em primeiro grau, a reinquirição da parlamentar pelo promotor natural do caso constitui medida útil ao regular desenvolvimento das investigações, razão pela qual deverá ser imediatamente realizada pela PGR, tendo em vista inclusive a relevância do caso e a necessidade de se imprimir um ritmo adequado a este procedimento investigativo, em observância à dimensão objetiva do princípio da razoável duração do processo”, determinou.
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Como a deputada está nos EUA, o ministro afirmou que o depoimento imediato pode ser feito inclusive por videoconferência.
Caso a PGR não cumpra a determinação e demore para ouvir a bolsonarista, Mendes afirmou que o inquérito será aberto à revelia.
Segundo o ministro, o caso envolve em tese os delitos de porte ilegal e disparo de arma de fogo.
Fora das redes
Com as contas nas redes sociais suspensas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Zambelli divulgou um vídeo por meio de apoiadores pedindo que as pessoas que tiveram as redes derrubadas pela corte eleitoral e pelo STF envie documentos para que ela apresente à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, na Organização dos Estados Americanas (OEA), onde ela diz que será recebida na próxima terça-feira (8).