ELEIÇÕES 2022

MPF pede afastamento imediato do diretor da PRF por irregularidades durante as eleições

Silvinei Vasques é acusado de apoio deliberado a Bolsonaro, dificultar pessoas de votarem e omissão durante bloqueios golpistas

Silvinei Vasques, da PRF, Jair Bolsonaro e Anderson Torres.Créditos: Reprodução /Instagram
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O Ministério Público Federal (MPF) pediu, na manhã desta terça-feira (15), o imediato afastamento cautelar do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, por 90 dias.

Entre as várias razões apresentadas pelo MPF, está o apoio declarado de Silvinei ao então candidato Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições presidenciais deste ano.

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"A vinculação constante de mensagens e falas em eventos oficiais, entrevista a meio de comunicação e rede social privada, mas aberta ao público em geral, tudo facilmente acessível na internet, sempre associando a própria pessoa do requerido à imagem da instituição PRF e concomitantemente à imagem do Chefe do Poder Executivo federal e candidato à reeleição para o mesmo cargo, denotam a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçadas sobreposição de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais", escreveu o Ministério Público.

Comandos e bloqueios

Foi levado em conta também no pedido, a politização dos agentes da PRF durante o segundo turno, desobedecendo ordens do ministro da Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para que não fizessem comandos nas estradas, dificultando o direito de voto dos eleitores, sobretudo na região Nordeste.

"Não é possível [...] dissociar da narrativa desta inicial a possibilidade de que as condutas do requerido, especialmente na véspera do pleito eleitoral, tenham contribuído sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do resultado pelo TSE", argumenta o MPF.

Silvinei também é acusado de omissão durante os bloqueios golpistas dos caminhoneiros nas estradas, em protesto contra o resultado das eleições.