Há uma máxima nas disputas presidenciais que colocam Minas Gerais como estado chave na disputa: só é possível chegar ao Planalto com o apoio majoritário dos mineiros.
E é com esse foco, que Lula (PT) chega a Belo Horizonte neste domingo (9) para uma caminhada estratégica. O objetivo é neutralizar o apoio de Romeu Zema (Novo), governador reeleito, a Jair Bolsonaro (PL) e garantir a dobradinha - não oficial - "LuZema", que garantiu o voto de 5,8 milhões de mineiros no primeiro turno, mais de meio milhão de votos a mais do que os 5,2 milhões obtidos por Bolsonaro.
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Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que Lula e Zema venceram a eleição em 436 cidades do Estado. Bolsonaro venceu em 222 municípios em que o governador mineiro também ficou à frente.
A derrota no segundo colégio eleitoral do país, que ultrapassou os 16 milhões de eleitores - 16.290.870, para ser exato - neste ano, fez com que o presidente buscasse apoio imediato de Zema, que escondeu a relação com Bolsonaro durante o primeiro turno do pleito.
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Lula chega a Belo Horizonte - onde fará uma caminhada entre a Praça da Liberdade, na Savassi, e a Praça Tiradentes, no centro sul da capital mineira - disposto a fortalecer a estratégia de corpo-a-corpo com o eleitorado mineiro e manter a tradição do voto no presidente oposto ao daquele dado a governador. Foi Assim com os fenômenos Lulécio em 2002 e em 2006 com Aécio Neves e em 2010 com o voto Dilmasia, com a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) em dobradinha com o ex-governador tucano Antonio Anastasia, atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Além da manutenção dos votos e de tentar bloquear a transferência de cerca de 1 milhão de votos que Zema teve a mais do que Bolsonaro para o presidente, Lula ainda busca angariar os cerca de 810 mil votos dados a Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) no estado.