ELEIÇÕES 2022

Boulos: "Quem aguentou quatro anos, aguenta 28 dias. Vamos acabar com esse pesadelo"

Eleito com mais de 1 milhão de votos, o líder do MTST deu entrevista ao Roda Vida onde falou, entre vários assuntos, sobre o desparecimento do PSDB na eleição

Boulos: "Quem aguentou quatro anos, aguenta 28 dias. Vamos acabar com esse pesadelo".Créditos: Leandro Paiva
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O líder do MTST e deputado federal eleito com mais de 1 milhão de votos, Guilherme Boulos (PSOL-SP) deu uma entrevista nesta segunda-feira (4) ao programa Roda Viva. Durante a conversa, Boulos falou do papel da esquerda no segundo turno e que prevê vitória de Lula no segundo turno.

"Existia uma expectativa melhor. Eu entendo que nós estamos há quatro anos vivendo esse pesadelo e ontem era uma possibilidade de acabar com isso. Agora, quem aguentou quatro anos aguenta mais 28 dias. Nós temos que ter em mente que a tática do bolsonarismo sempre foi e vai ser neste segundo turno, uma tática de intimidação, de nos colocar com medo e nós não podemos. Isso é tudo que nós não podemos fazer", disse Boulos. 

Na entrevista comandada pela jornalista Vera Magalhães, Boulos também analisou o processo eleitoral de São Paulo e o desaparecimento do PSDB no cenário político eleitoral. 

"A direita tradicional, que sempre governou São Paulo por 28 anos, nessa eleição simplesmente desapareceu. A bancada do PSDFB na Câmara Federal é menor que a do PSOL. O PSDB fez 13 deputados federais, e o PSOL, na sua federação com a REDE, fez 14 deputados federais. Essa direita tradicional foi engolida pelo monstro criado pela direita chamado Bolsonaro, certo? Quando começara a brincar com a democracia, desde 2014, acreditando que isso cairia no colo deles. Soltar Pitbul é muito fácil, prender depois que é o problema". 

Eleito com mais de 1 milhão de votos, Guilherme Boulos também analisou qual deve ser o papel da esquerda e o seu, especificamente, na Câmara dos Deputados. "O lugar que eu vou ocupar na Câmara não é uma ruptura com a minha história, com o movimento social, é uma forma de levar essas pautas, essas lutas, essas vozes do movimento social para dentro de um espaço de poder", disse. 

 

 


A entrevista na íntegra pode ser conferida abaixo:

 

 

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