O resultado das eleições parlamentares neste domingo (2) mostra que os votos da direita foram empurrados para a extrema-direita bolsonarista, que vai travar uma batalha com uma esquerda raiz, que será liderada em grande parte pelo líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL), que conquistou 1.001.472 votos e, conforme prometido, macetou Eduardo "bananinha" Bolsonaro (PL), filho de Jair Bolsonaro (PL) que perdeu mais de 1,1 milhão de votos entre as eleições de 2018 - quando foi o mais votado com 1,84 milhão de votos - e a atual, quando somou 741.701 votos.
Boulos obteve a segunda maior votação para deputado federal em todo o Brasil. Ele só foi superado pelo vereador bolsonarista de Belo Horizonte, Nikolas Ferreira (PL-MG), que teve a preferência de 1,4 milhão de eleitores.
Te podría interesar
Mais uma vez, Jair Bolsonaro provou um tsunami na ultradireita radical e o PL, partido do presidente conquistou 99 cadeiras e a maior bancada na Câmara - a exemplo do que aconteceu com o PSL em 2018.
A reboque de Bolsonaro, foram eleitos nomes como Carla Zambelli (PL), segunda mais votada em São Paulo, Ricardo Salles (PL-SP), e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (PL-RJ), segundo mais votado no Rio de Janeiro, com mais de 205 mil votos.
Te podría interesar
Bancadas
Com 23 deputados a mais do que na legislação atual, o PL, de Bolsonaro terá a maior bancada da Câmara em 2023. A federação que reuniu PT, PCdoB e PV passou dos 68 deputados estaduais para 79, formando o segundo maior bloco partidário.
O União Brasi, fruto da fusão do DEM com o PSL, ganhou 8 novos deputados e terá 59 representantes. O PP, de Ciro Nogueira, encolheu de 58 para 47. O PSD, de Gilberto Kassb, também perdeu 4 cadeiras e terá 42 deputados, mesmo número do Republicanos, comandado pela Igreja Universal de Edir Macedo, que perdeu 2 vagas.
A federação entre PSDB e Cidadania também perdeu 11 cadeiras e terá 18 representantes na Câmara. Queda parecida - de 10 vagas - ocorreu no PSB, de Geraldo Alckmin, que fez 14 deputados. O MDB ganhou cinco deputados e chegou a 42.
No campo progressista, o PSOL/Rede ganhou mais 4 representantes - com destaque Erika Hilton, oitava mais votada em São Paulo - e terá um total de 14.
O Podemos ganhou 3 vagas e foi à 12 e o Avante, de André Janones - segundo mais votado em Minas -, chegou a 7, com um representante a mais do que a legislatura atual.
Perderam deputados o PSC (-2) que ficou com 6 representantes, o Solidariedade (-4) com 4, o Novo (-5) com 3, PROS (-1) que tem 3 cadeiras, e o PTB, de Roberto Jefferson, que perdeu duas vagas e terá apenas um representante no Congresso.