ELEIÇÕES 2022

VÍDEO: Guilherme Boulos é alvo de ação ilegal da PM de São Paulo

O líder do MTST e Ediane Maria, ambos candidatos pelo PSOL, foram vítimas de ataques por grupos de extrema direita na Avenida Paulista

VÍDEO: Guilherme Boulos é alvo de ação ilegal da PM de São Paulo.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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O líder do MTST e candidato a deputado Federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), a candidata à deputada estadual Ediane Maria (PSOL-SP) e suas respectivas equipes foram vítimas de um ataque e emboscada organizados por membros do MBL (Movimento Brasil Livre), grupo de extrema direita, neste domingo (25). 

De acordo com relatos de Guilherme Boulos em suas redes sociais, eles estavam fazendo campanha na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, quando alguns membros do MBL começaram a provocar militantes que estavam com os candidatos do PSOL. 

O MBL, estrategicamente, usou um garoto menor de idade para agredir e colocar um celular no rosto de Guilherme Boulos. Tal situação deu início a um confronto entre os dois grupos. 

Posteriormente, os militantes e candidatos do MBL, que deram início ao tumulto, acionaram a Polícia Militar e acusaram Boulos de ter agredido um menor de idade. Ao abordarem Boulos, os policiais queriam conduzi-lo para um DP. 

Como se tratava de uma atitude ilegal por parte da PM, Boulos se recusou a acompanhá-los e, diante da negativa do candidato do PSOL, os policiais "provocaram um conflito" com os militantes que acompanhavam Boulos e usaram spray de pimenta.

Após o ocorrido, Guilherme Boulos gravou um vídeo e emitiu uma nota onde faz um relato do que aconteceu e chama atenção para a questão de bolsonaristas infiltrados na Polícia Militar.

"Os policiais foram instrumentalizados por candidatos de direita para me constranger e gerar um fato político favorável aos bolsonaristas", afirma Boulos. "Isso é um absurdo completo e mostra a gravidade do momento que estamos vivendo", diz.

A nota também atenta para o fato de que "a tentativa de prisão é completamente ilegal e visa intimidar o candidato. Por lei, a Polícia Militar só pode efetuar prisões em flagrante, o que não aconteceu pelo simples fato de que não houve agressão por parte do candidato". 

A ação dos policiais viola o artigo 236 do Código Eleitoral, que dá imunidade a todos os candidatos por 15 dias antes da data da votação. 

O impasse com os PMs durou cerca de 30 minutos e foi solucionado após a intervenção dos advogados Ariel de Castro Alves e Augusto de Arruda Botelho. 

Confira abaixo o momento em que Guilherme Boulos é abordado pelos PMs.

 

Por meio de uma nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) declarou que os "policiais militares foram acionados, por volta das 15h30 deste domingo (25), para uma ocorrência de lesão corporal na Avenida Paulista".

O comunicado também informa que "um adolescente de 15 anos informou às equipes que foi agredido por um candidato a deputado federal, apresentando imagens das agressões e lesões aparentes no corpo. Os policiais localizaram o candidato e solicitaram que ele os acompanhasse até delegacia para registro dos fatos". 

A nota finaliza informando que "o candidato se recusou a acompanhar as equipes ao distrito policial e um grupo de pessoas passou a hostilizar os policiais, que precisaram intervir, controlando o tumulto. A ocorrência foi apresentada no 78º DP (Jardins), onde o boletim de ocorrência está sendo registrado".