O desnorteio de Jair Bolsonaro (PL), que teve que voltar atrás e refazer por diversas vezes a narrativa sobre o ataque de Roberto Jefferson, aliado e presidente de honra do PTB, a agentes da Polícia Federal (PF) neste domingo (23) bugou os grupos de apoiadores do presidente, que desconversam sobre o assunto, que está praticamente proibido nas discussões internas.
Na manhã desta segunda-feira (24), toda vez que o assunto é trazido à tona, há pouca interação e a ordem é mudar rapidamente o tema, focando na última semana de campanha.
Te podría interesar
"Eu sugiro que não postem mais nada sobre esse maluco", comenta em uma publicação um bolsonarista. "Essa última semana vai ser um inferno por causa desse velho maluco", emenda outro.
Te podría interesar
Há ainda defesas tímidas do ex-aliado, que são logo caladas pelo último posicionamento de Bolsonaro no domingo, quando divulgou um vídeo classificando Jefferson como bandido.
"Reparem: Sempre que a direita se une, marchando junta, num objetivo comum, num só foco, na paz... Aparece o Roberto Jefferson com uma merda e bota tudo a perder", diz um bolsonarista. "É de lascar mesmo, sei que ele tem motivos para estar revoltado, porque crime de opinião não existe no Brasil. Mas na última semana da corrida presidencial tudo é muito sensível, cada voto é importante, então escândalos é tudo o que não se quer", complementa outra.
A única exceção no grupo são as referências que buscam, de forma desesperada, ligar Jefferson a Lula e ao PT.
Além de fotos antigas, do início do governo petista, em 2002, bolsonaristas estão resgatando vídeos de Jefferson falando de Lula.
Veja algumas mensagens.