Em tuite na manhã desta segunda-feira (17), a socióloga Rosângela Silva, a Janja, foi pra cima de Jair Bolsonaro (PL) e fez uma pergunta que muitos gostariam de ter feito no debate na Band, na noite anterior, mas que não foi realizada por Lula (PT) após a decisão de Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), censurando o vídeo sobre um insinuação pedófila do presidente.
"Bocejei sim no debate, e bocejei na cara do Inominável e ele viu. Aquele papinho de Venezuela, Nicarágua é de dar sono mesmo. O que queremos saber ele não respondeu. O que é “pintar um clima” com meninas de 14 anos? Isso tem nome e é crime", escreveu Janja.
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Na noite anterior, ao chegar aos estúdios da Band, em São Paulo, a socióloga citou o broche usado pelo marido durante o debate, que faz alusão à luta contra a exploração sexual de crianças.
"Orgulho desse meu Marido!!! Combate a exploração sexual de crianças e adolescentes sempre!!!", escreveu.
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"Prostitutas"
Bolsonaro disse no Paparazzo Rubro-Negro que teria ido de moto à comunidade São Sebastião, no Distrito Federal, visto umas “meninas de 14 e 15 anos venezuelanas bonitas” e que então “teria parado, tirado o capacete e pintado um clima”, ocasião em que “pediu para ir até a casa delas” e que se tratavam de “prostitutas”.
A frase em que Bolsonaro afirma que “pintou um clima” entre ele e meninas venezuelanas de 14 e 15 anos foi parar no programa eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (16).
“Você que é mãe, você que é pai. Veja só o que Bolsonaro falou sobre meninas de 14 anos”.
Após a fala, a narradora pergunta indignada: “pintou um clima? Com uma garota de 14 anos? É esse homem que diz defender a família?”.
Venezuelana desmente Bolsonaro
Uma das venezuelanas visitadas por Bolsonaro em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal, em 2021, desmentiu a fala do presidente, que afirmou ter passado pelo local quando “pintou um clima” e então encontrou adolescentes vindas da Venezuela "arrumadas para ganhar a vida", insinuando prostituição infantil.
Segundo a mulher, no dia em que Bolsonaro fez a visita ao local, estava acontecendo uma ação social para refugiados.
"Não tem nada a ver com o que ele está falando agora", diz a venezuelana, que pediu para ter seu nome preservado, pois teme retaliação.