O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou um pedido do departamento jurídico da campanha de Jair Bolsonaro (PL) e determinou que o PT retire imediatamente de sua propaganda eleitoral, na TV, rádio e de diversas plataformas da internet, os vídeos e mensagens que exploram a frase dita pelo atual presidente da República num podcast que foi amplamente interpretada como de prática de pedofilia.
Bolsonaro disse no Paparazzo Rubro-Negro que teria ido de moto à comunidade São Sebastião, no Distrito Federal, visto umas “meninas de 14 e 15 anos venezuelanas bonitas” e que então “teria parado, tirado o capacete e pintado um clima”, ocasião em que “pediu para ir até a casa delas” e que se tratavam de “prostitutas”.
A decisão de Moraes diz que “o fato é sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual”, e foca com bastante ênfase numa postagem da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, ao dizer que aquilo que ela escreveu “descola da realidade, por meio de inverdades, fazendo uso de recortes e encadeamentos inexistentes de falas gravemente descontextualizadas do Representante, com o intuito de induzir o eleitorado negativamente, diante da autoria de fato grave (pedofilia)”.