OPINIÃO

Livro de escritor capixaba conta história de alunos bolsistas em escola particular

Além da citada luta de classes, seguindo a tradição da obra de Maxwell dos Santos, "Viajando naqueles olhos azuis" levanta outras questões de relevância social, como violência urbana, obsessão por determinados padrões de beleza e exercício ilegal da medicina

Viajando Naqueles Olhos Azuis, livro mais recente do escritor capixaba Maxwell dos Santo.Créditos: Reprodução
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O início deste século, embora temporalmente próximo, está muito distante sob o aspecto tecnológico. Vivíamos uma realidade em que computadores pessoais timidamente começavam a fazer parte de nosso cotidiano. A vida (ainda) era analógica. Smartphones e redes sociais eram "ficção científica". 

Nesse contexto se passa "Viajando naqueles olhos azuis", livro mais recente do escritor capixaba Maxwell dos Santos. As referências tecnológicas presentes na obra indicam um tempo que parece remoto; talvez inimaginável para a nova geração: orelhão, disquete, fita VHS, videocassete e CD.

A história em questão começa quando os adolescentes Renato e Thayná se conhecem em um shopping localizado em Vitória (ES). Posteriormente, devido aos ótimos rendimentos escolares, os dois foram contemplados com bolsas de estudo para o curso técnico em Informática integrado ao Ensino Médio em uma renomada escola particular da capital capixaba. 

Apesar da qualidade do corpo docente e da boa convivência da comunidade escolar, Thayná e Renato logo percebem que na nova escola predomina um ensino tradicional e conteudista nas matérias do ensino médio. Como geralmente ocorre em instituições privadas, o foco é mais nos vestibulares do que em apreender de verdade.

Do mesmo modo, eles ficaram indignados ao saber que o prêmio "Bom Aluno" não era aplicado aos bolsistas integrais, só aos alunos pagantes. A justificativa: bolsistas não fazem mais do que a obrigação ao tirar boas notas e apresentar bom comportamento. É a luta de classes em sua faceta mais sutil.

Por outro lado, por causa das altas habilidades, Renato e Thayná foram selecionados para participar da Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). Para tal tarefa, importante vitrine de atração de novos alunos, os bolsistas podem participar. 

Thayná e Renato não decepcionaram na OBI. Levaram a Medalha de Prata, posição que valeu o convite para um curso de programação na Unicamp, em que os melhores alunos seriam escolhidos para representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Informática, na Coreia do Sul. 

Pouco antes de ir para Campinas, Thayná, mesmo com apenas 15 anos e sem ter completado o ensino médio, ainda tentaria o vestibular para o curso superior de tecnologia em Processamento de Dados, da Fatec, em São Paulo capital. 

Além da citada luta de classes, seguindo a tradição da obra de Maxwell dos Santos, "Viajando naqueles olhos azuis" levanta outras questões de relevância social, como violência urbana, obsessão por determinados padrões de beleza e exercício ilegal da medicina.

Thayná e Renato conseguiram as tão sonhadas vagas para a Olimpíada Internacional de Informática? A menina prodígio passou no concorrido vestibular? 

As respostas para essas perguntas (e muito mais), o leitor vai obter após o contato com o conteúdo de "Viajando naqueles olhos azuis", disponível para download gratuito no seguinte link: https://abrir.link/vnoapdf

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