- ...É, senhor Carlos, quem vê pensa que o grupo é só uma rede de alimentação em São Paulo. Não é bem assim. A companhia é muito maior. Inclusive, produzimos quase tudo que usamos, sabe? A carne, o queijo, ovos, legumes, verduras, arroz, massas, temperos, tudo é feito em fazendas próprias. Ano passado começamos a fabricar vinho no Rio Grande do Sul. Foi lá também que abrimos os primeiros hotéis, na Serra Gaúcha. Agora, já são 26, a maioria no Nordeste. A vocação do grupo, na real, é o varejo. Os hipermercados são a alma do negócio. Nas capitais, temos quatro, um em cada ponto das cidades. Mas são gigantes, até automóvel tem para vender. Agora, inclusive, começamos a fabricar maquinário, de grande porte, para refrigerar as lojas. Tudo subterrâneo e computadorizado. Os que a gente trabalhava antes eram de ferro, enferrujavam com o tempo. Agora são de alumínio, patenteamos logo de cara, é claro. Como dominamos essa tecnologia, estamos desenvolvendo os nossos refrigeradores industriais também para a concorrência. E é não só no Brasil, não. Na América Latina inteira. Uma beleza, viu? A ideia é diversificar, o senhor entende, não é? Aquela velha história de que é mais seguro não colocar todos os ovos na mesma cesta. É investir em alimentação, hotelaria, maquinário pesado, senhor Carlos. Ah, e ainda tem a empresa de aluguel de jatinhos. Essa é bem recente, até me esqueço. Fizemos leasing de oito Gulfstream novinhos e já estamos voando com a autorização da ANAC, tudo certinho. Isso passa uma segurança grande para os investidores internacionais. Eles veem que, se a gente fraquejar em determinado segmento, acaba compensando com os lucros de outros. Não é nada, vamos dizer assim, inovador em termos de economia e tal, mas tem dado muito certo.
- Puxa, muito interessante mesmo! E você faz o quê no grupo?
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- Sou garçom aqui do restaurante. Mais uma caipirinha, doutor?
- Obrigado, só a continha.
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- Posso incluir os dez por cento?
- Claro.
- Que Deus abençoe.