Para o universo das estatísticas há três raças: negra, branca e amarela.
Basta ver qualquer gráfico-pizza de instituições de pesquisa. Lá estarão as três, como se o mundo pudesse ser resumido apenas àquela tríade de cores primárias.
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No entanto, fica a pergunta: e quando o indivíduo fica roxo de raiva? Verde de fome? Ou cinza de dor? Não seria o caso de repensar tais denominações?
Ao me deparar com análises assim, fico vermelho de raiva. Sou daqueles que acredita que o planeta não cabe apenas em linhas e gráficos, onde somente negro, branco e amarelo sejam a paleta de cores.
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A Terra é um espaço tão gigantesco e múltiplo que há pontos onde, ao mesmo tempo há gente azul de frio e rubra de calor. Fora que a maioria dos estudos não considera a miscigenação que origina novas tonalidades, como o negranco, o brancarelo ou o amanegro.
A verdade é que as estatísticas não detectam a cor local. Nunca mencionam, por exemplo, o flicts. Em certos aspectos indefinem mais do que definem, trazendo conclusões da cor de burro quando foge. Nada contra o burro, nem contra a fuga, só contra a inexatidão
Eu sei, esta crônica não está nada cor de rosa. Na verdade, adoraria escrever algo laranja de entusiasmo, mas imprecisão, vista como excelência, me deixa sem cor.