Junto a Sergio Moro (União), o ex-procurador Deltan Dallagnol, atual "coach" do Podemos, é o símbolo mais emblemático de uma organização criminosa que de maneira presunçosa pensou um dia que poderia tomar de assalto o país e sair ileso na História.
O chilique nas redes ao receber o boleto de R$ 2,8 milhões para ressarcir os cofres públicos pela farra das diárias é apenas parte do desespero de quem abandonou a estabilidade e os ganhos extras no Ministério Público Federal e pode acabar inelegível, respondendo a uma sequência de processos - com grande possibilidade de condenações em série -, e o pior: sem foro privilegiado.
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O medo maior de Dallagnol é justamente esse. Quatro anos após impedir Lula de disputar as eleições presidenciais, ele mesmo pode ser impedido de disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados e terá que arcar com as consequências de sua prepotência criminosa frente à Lava Jato como cidadão comum, sem a capa de super herói colocada pela mídia ou a unção ao foro privilegiado do mundo político.
Moro e Dallagnol são símbolos do que há de pior no funcionalismo público: de uma minoria que usa seu status social para entrar na estrutura estatal e tirar vantagem própria. São os carreiristas que nada pensam em servir, mas adulam superiores e buscam os holofotes da mídia para fazer politicalha.
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Dallagnol se mostra ainda pior. Enquanto subia nos púlpitos para arrebanhar mentes inconscientes para seu pretenso projeto de poder no "combate à corrupção", fazia negociatas com imóveis financiados aos mais pobres pela Minha Casa Minha Vida.
Um tipo amoral que, como revelou a Vaza Jato, instava seus pares a torrar toda a verba disponível em viagens e diárias sem o mínimo escrúpulo.
"Caros, precisamos que indiquem voos para 2018 para consumir valores de passagens (e diárias). Quanto mais gastarmos agora, melhor", bradava o chefe da Lava Jato aos comandados em 7 de dezembro de 2017.
A máscara caiu. E a História mostra-se implacável - e cada vez mais veloz - com a desfaçatez das figuras que ao buscarem fama e fortuna próprias levaram o país à bancarrota e aos braços do fascismo.
O desespero, os gritos e o ranger de dentes, Dallagnol, estão só começando.
Veja o editorial de Renato Rovai sobre o tema a partir de 49 minutos