Em entrevista ao Fórum Café na manhã desta quarta-feira (25), o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que a ação que pede ressarcimento dos prejuízos causados pela Lava Jato à Petrobras e à economia brasileira, que tornou Sergio Moro (União) réu nesta terça-feira (24), deve se estender ao ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos) e a delegados da Polícia Federal (PF) que conduziram o processo de lawfare na força-tarefa.
"O Moro já é réu - aquilo que o Lula disse para ele em um depoimento - e vai ter que responder. Nós estamos estudando agora, junto com nossos advogados, exatamente quem mais deve ser responsabilizado. E evidentemente que aí tem o papel do Ministério Público, coordenado pelo doutor Dallagnol. Os advogados estão estudando também a participação dos delegados e delegadas", disse Pimenta.
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Segundo o deputado, há um conjunto de fatos que mostram inclusive abuso de autoridade durante o processo e a partir do momento que Moro vira réu, o entendimento é que a justiça acolheu essa tese.
"E isso permite que ela seja trabalhada em relação a outras figuras que fizeram parte desse processo", afirmou.
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Desesperado
Nesta terça, após Moro se tornar réu em ação popular que reivindica o ressarcimento aos cofres públicos por danos causados à economia brasileira, Deltan Dallagnol não escondeu o desespero.
Ele recebeu uma notificação do Tribunal de Contas da União (TCU). O documento aponta que Dallagnol terá de pagar R$ 2,78 milhões por diárias recebidas e passagens na época em que era procurador da Lava Jato.
“Pessoal, vou falar para vocês qual é o preço de combater a corrupção no Brasil. Meus advogados acabaram de me mandar uma notificação, um ofício do Tribunal de Contas que quer colocar na minha conta, quer cobrar de mim e de outros procuradores da Lava Jato o dinheiro que foi investido para recuperar R$ 15 bilhões”, disse ele, quase em descontrole.
Assista à entrevista de Paulo Pimenta ao Fórum Café