VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Médico é acusado de provocar aborto contra vontade da namorada grávida de 4 meses

O suspeito apagou suas redes sociais após denúncia e repercussão do caso que ocorreu em Goiás

Imagem Ilustrativa.Créditos: Fiocruz/Divulgação
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O médico Venancio Tavares Trindade, de 25 anos, está sendo acusado pela própria namorada, também médica, de 27 anos, de provocar um aborto contra a vontade da companheira.

O fato teria ocorrido durante uma viagem a Pirenópolis, em Goiás. A jovem estava grávida de quatro meses.

Conforme as denúncias da vítima feitas à polícia, o homem teria inserido comprimidos abortivos na vagina da namorada durante relação sexual. Os dois estavam em um quarto de hotel no momento em que as agressões aconteceram.

A médica afirmou, ainda, que desconfiou da ação do médico, interrompeu a relação e identificou dois comprimidos. Em seguida, segundo ela, o médico a teria trancado no quarto.

A vítima contou ao portal Goiás 24h que ficou com muito medo de sofrer outro tipo de violência, porque havia uma sacada no local. Na sequência, ela teria achado uma chave e fugido, procurando auxílio de uma funcionária do hotel.

Após sentir fortes cólicas, a médica se dirigiu ao hospital, onde encontraram mais dois comprimidos abortivos no corpo dela. Ao deixar a instituição de saúde, a bolsa teria estourado e o feto foi expelido em seguida.

“Quando levantei para ir embora a minha bolsa estourou. Ao mesmo tempo que estourou, chamei a minha mãe. Falei: mãe, perdi o bebê”, declarou a médica, em entrevista ao portal Goiás 24h.

Os dois médicos se conheceram na faculdade. O suspeito do crime se formou em junho de 2024 em uma faculdade particular de Anápolis (GO). Ele era colega de faculdade da vítima, que descobriu a gravidez em julho e estava feliz.

Vítima disse que assumiria sozinha a gravidez

“Ela engravidou e ele propôs aborto para ela, mas ela não quis. Ela disse que assumiria a situação e que ele não precisaria ter nenhum compromisso como casal, mas que ela fazia questão do filho, a família dela estava muito feliz e dava apoio a gravidez”, contou o delegado Tibério Martins.

“Minha família e eu cuidaríamos dele. Lá em casa já tinha sugestão de nomes se for menino ou menina, as roupinhas, as cores, tudo. E acabou. Ele destruiu a vida de um bebê indefeso e nos feriu muito”, declarou a vítima.

O caso é investigado pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher. O médico apagou suas redes sociais após a repercussão do caso em Goiás.

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