A 8ª Marcha das Mulheres em São Paulo aconteceu nesta terça-feira (25), em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana, celebrado na mesma data. O evento teve início na Praça da República e terminou no Theatro Municipal.
A marcha teve como pauta a democracia brasileira e a luta antirracista e antifacista, além de visibilizar e pedir por justiça para os caso de Marielle Franco, cuja investigação teve avanços nesta semana, e de Luana Barbosa. A manifestação contou com intervenções político-culturais e reuniu centenas de mulheres no centro de São Paulo.
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“Nós, mulheres negras, indígenas e imigrantes em diáspora denunciamos genocídio racista desde sempre. Mas o dia 25 de julho é um dia de celebração e também o momento dereafirmar que estamos em marcha por direitos e contra o genocídio do povo preto, dos povos indígenas, das LGBTQIA+, das vítimas do feminicídio, contra todas as formas de opressão e pelo Bem Viver”, informa o manifesto da marcha de 2023.
Outro ponto levantado e que inflama ainda mais as lutas dessas mulheres é o discurso de ódio promovido pelo antigo governo de Jair Bolsonaro, que fazia falas misóginas e racistas publicamente e agravava ainda mais a situação das minorias sociais através de sua política contra os direitos humanos.
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“Estamos em marcha para que nossas vozes sejam ouvidas e nossos direitos sejam garantidos. Pelo direito a viver com alegria, dignidade e prazer. Afirmamos que nada, sobretudo a democracia brasileira, será feita sem nós, mulheres negras”, emenda o movimento.
A marcha começou em 2015, quando um grupo de mulheres negras se deslocou para Brasília para fomentar a importância do debate acerca do racismo, do machismo e da violência. A manifestação se fez ainda mais essencial após o caso de violência policial contra Luana Barbosa, em 2016, e o assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, em 2018.
A edição deste ano volta a reivindicar direitos básicos, como segurança, acesso à educação, segurança, à moradia da população negra, indígena, LGBTQIAPN+ e exige políticas públicas de reparação para que a sociedade brasileira se torne cada vez mais equitativa e que o governo federal garanta o combate às diversas manifestações do racismo, ao feminicídio, ao cissexismo, ao capacitismo e ao etarismo.