O Ministério da Cultura (MinC) celebrou o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha através do evento “Mulheres Negras nos Espaços de Poder”, realizado nesta segunda-feira (24) em Brasília.
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é comemorado em 25 de julho devido ao 1º encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, que aconteceu nesta data, em 1992, na República Dominicana. O evento pautava o racismo e misoginia sofridos por essas mulheres e marcou a luta por visibilidade e representatividade social.
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Por conta desta reunião, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu esse dia como homenagem às mulheres negras latino-americanas e caribenhas, com o objetivo da data reforçar a importância do debate e do combate às discriminações sofridas por essa população ao redor do mundo.
O evento promovido pelo MinC ocorreu no Auditório do subsolo do Bloco A da Esplanada dos Ministérios, sendo aberto ao público. Estiveram presentes a ministra da Cultura, Margareth Menezes, a Yalorixá do Ilé Axé T’oju Labá, Mãe Dora Barreto, a presidente do Instituto Feira Preta, Adriana Barbosa, a escritora Ryane Leão, autora de “Tudo Nela Brilha e Queima”, a embaixadora de Barbados, Tonika Sealy-Thompson, e a cantora Pietra Sousa.
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O evento foi transmitido através do canal do YouTube do Governo. Confira:
No Brasil, a data também contempla o Dia da Mulher Negra e Tereza de Benguela pela Lei nº 12.987/2014. Tereza foi líder do Quilombo do Piolho no século XVIII e símbolo de resistência ao lutar contra a escravidão de pessoas negras e indígenas.
A importância de Tereza de Benguela na luta contra a escravidão
Tereza de Benguela era conhecida como “Rainha Tereza“ na época em que governava o Quilombo do Piolho. A líder era vista como heroína da população e administrava o local através da constituição de parlamentos. Além disso, organizava a defesa do quilombo e comandava a estrutura política, econômica e administrativa.
Tereza assumiu a chefia do quilombo após seu marido, José Piolho, ser assassinado por soldados do Estado. A comunidade permaneceu ativa e em resistência à escravidão em seu comando durante duas décadas. Não se sabe ao certo como Benguela faleceu devido à falta de registros. As duas hipóteses mais aceitas seria de que ela teria se suicidado após ser capturada por bandeirantes ou foi assassinada.