ATAQUES À DEMOCRACIA

Dino rebate críticas e diz que firmeza visa combate "ao perigosíssimo nazifascismo do século 21"

Criticado por investigação dura contra bolsonaristas que atacaram Alexandre de Moraes, entre outras ações, ministro da Justiça lembrou a ascensão de Adolph Hitler e Benito Mussolini.

Flávio Dino e Alexandre de Moraes.Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Justiça, Flávio Dino, rebateu as críticas sobre sua atuação firme para reprimir "crimes contra a ordem democrática e seus guardiões" e citou os perigos das ações desencadeadas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e membros da extrema-direita fascista que seguem mesmo após a derrota dos golpistas que depredaram o Congresso, o Palácio do Planalto e o edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nos últimos dias, Dino tem recebido críticas principalmente pelos pedidos de investigações sobre os ataques do casal de bolsonaristas Roberto Mantovani e Andreia Munarão - além do genro, Alex Zanatta - ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. 

"Em nome do princípio da proporcionalidade, considero que os autores de crimes contra a ordem democrática e seus guardiões devem ser punidos com firmeza, em face da lesividade das condutas ilícitas e da relevância do bem jurídico tutelado: a defesa da Constituição. Por isso, sustento projetos de lei, decisões judiciais ou investigações da Polícia Federal que sejam coerentes com essa atitude de combate ao perigosíssimo nazifascismo do século 21, que mata crianças em escolas, destrói o prédio do Supremo e se acha autorizado a agredir pessoas por questões políticas", tuitou o ministro da Justiça na manhã deste sábado (22).

Dino também recebeu críticas pelo pedido de investigação do discurso de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) entre armamentistas, quando o filho do ex-presidente disse que professores são piores que traficantes.

Para o ministro da Justiça, é preciso ficar atento para não minimizar "riscos antidemocráticos", citando a ascensão de Adolph Hitler e o nazismo na Alemanha e de Benito Mussolini e o fascismo na Itália no início do século 20.

"Respeito as críticas, mas manterei a mesma linha de atuação. Quem minimizou os riscos antidemocráticos, há 100 anos atrás na Alemanha ou na Itália, alimentou um monstro. Busco não pecar por omissão. Assim se constrói a verdadeira PAZ, aquela que nasce do RESPEITO À CONSTITUIÇÃO", emendou.

https://twitter.com/FlavioDino/status/1682726839435898880