Dezenas de manifestantes organizaram, na manhã desta sexta-feira (27), um ato em frente ao ao Consulado dos Estados Unidos, em São Paulo, para denunciar o genocídio em Gaza e as guerras promovidas pelo país americano e Israel.
O protesto faz parte da convocatória para ações globais entre 21 e 28 de junho, feita pela Assembleia Internacional dos Povos (AIP). Outras 50 organizações da sociedade civil brasileira e da comunidade árabe-palestina e islâmica também participaram do ato, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, Alba Movimentos e Frente Palestina SP.
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Giovani del Prete, secretário da Assembleia Internacional dos Povos (AIP), afirmou que as organizações brasileiras se juntam a outras ao redor do mundo para se posicionar contra a guerra e denunciar "os objetivos de Israel e Estados Unidos em lucrar com o bombardeio e assassinato de mulheres e crianças" em Gaza.
"A gente está num contexto de quase dois anos dessa última escalada desse genocídio contra o povo palestino, que a gente está falando de mais de 60 mil palestinos assassinados nessa escalada, um verdadeiro genocídio", afirma del Prete.
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"É exatamente essa compreensão que muitas pessoas pelo mundo têm tido: de que a gente não pode defender a soberania, o direito à terra, do povo palestino, se a gente não rompe com Israel, porque o Estado de Israel vem empreendendo um processo de colonialismo, de racismo, de supremacismo contra o povo palestino", completa o secretário.
Del Prete acrescenta que o ato também tem o objetivo de celebrar a resistência do povo palestino que vem lutando há décadas contra o projeto de guerras. "O que interessa mesmo a Israel e aos Estados Unidos é o controle da região, uma região tão rica em petróleo e outros recursos naturais, e também muito estratégica do ponto de vista geográfico", diz Del Prete.
Por fim, ele declara que os manufestantes não vão "deixar barato" as guerras promovidas pelos EUA e Israel. "Vamos nos somar a essa ação global e, por isso, estamos nas ruas hoje e de maneira permanente mobilizando nas redes sociais, nos parlamentos, nas universidades, fortalecendo essa resistência, essa solidariedade internacional".
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