VALORIZAÇÃO

Professores de SP dão prazo de 30 dias para negociação com governo do estado

Professora Bebel, segunda presidenta da Apeoesp, ressalta a disposição para o diálogo, mas não descarta uma paralisação da categoria

Professores querem negociar valorização salarial, condições de trabalho e medidas para enfrentar ondas de calor
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A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) deu um prazo de 30 dias para o governo do estado abrir negociações sobre a pauta de reivindicações da categoria, entregue na quarta-feira (19) à secretaria estadual da Educação.

No ofício protocolado, a diretoria do sindicato promete levar o indicativo de greve por tempo indeterminado para a Assembleia Estadual dos Professores, marcada para 21 de março, caso não haja avanços.

Entre as demandas estão o reajuste de 6,27% referente à atualização do Piso Salarial Profissional Nacional, para os professores, da ativa e aposentados, além do descongelamento do reajuste de 10,15%, garantido em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2017, mas ainda não concedido pelo governo paulista.

Os profissionais da educação exigem também a abertura de negociações para um plano de reposição do poder de compra dos salários dos professores e climatização das salas de aula em toda a rede estadual, por conta das seguidas ondas de calor que têm prejudicado a saúde de alunos e professores.

Greve dos professores não está descartada

A deputada Professora Bebel (PT), também segunda presidenta da Apeoesp, reforça a urgência de uma resposta por parte do governo do estado.

"O atual governador, Tarcísio de Freitas, e seu secretário da Educação, Renato Feder, não estão realizando nada de positivo pela educação, assim como não vemos nada de positivo nas demais áreas. O que têm feito é implantar um regime autoritário e de assédio moral nas escolas, privatizar unidades escolares, reduzir aulas de matérias importantes, como história, geográfica, ciências, sociologia, artes, filosofia, abandonar grande parte das escolas sem manutenção e assim por diante", destaca a parlamentar. "Além disso, os salários dos professores e das professoras acumulam perdas, sem que o governo sinalize qualquer melhoria."

Bebel ressalta a disposição para o diálogo, mas não descarta uma paralisação da categoria. “Deixamos claro no ofício que, se não houver negociações para reajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e atendimento das demais reivindicações, indicaremos a greve no dia 21 de março. Os professores de São Paulo exigem respeito e valorização”, aponta Bebel.

 

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