A morte de Washington Olivetto, neste domingo (13), fez o público relembrar um personagem marcante criado pelo publicitário, que ficou no ar por nada menos do que 35 anos. O “Garoto Bombril” rendeu inúmeras peças comerciais que ficaram na memória coletiva dos brasileiros.
Interpretado por Carlos Moreno, o personagem levou o ator ao Livro dos Recordes por protagonizar a campanha publicitária que ficou mais tempo no ar na história mundial.
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Idealizada por Olivetto e Francesc Petit, em 1978, comandantes da agência DPZ à época, a campanha escolheu Moreno para o papel, após testar outros 40 atores.
Atualmente com 70 anos, Carlos Moreno continua atuando no teatro. Em 2023, participou de uma websérie chamada “Alô?! Alô?! Planeta Terra Chamando” sobre o processo de criação do programa “Rá-Tim-Bum”, da TV Cultura. Ele interpretava Euclides.
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A publicidade também segue em seu radar. Nos últimos anos, fez campanhas para Casas Bahia, Serasa, Netflix (promovendo a série Stranger Things) e para a universidade Fael.
Em março de 2024, uma mulher que se identificou como Wellinamara Ribeiro participou do programa “Tá na Hora”, exibido pelo SBT. Na oportunidade, ela disse que havia uma chance de ser filha de Moreno e que, por isso, queria fazer um exame de DNA. Relatou, ainda, que procurou o ator, mas que ele teria dito que não conheceu a mãe dela e que poderia se tratar de um golpe, de acordo com informações do Splash, no UOL.
Trajetória antes de Bombril
Formado em arquitetura e urbanismo pela USP, Moreno jamais exerceu a profissão. Desde os anos de 1970, ele abraçou a carreira no teatro e fez parte do grupo Pod Minoga. O ator foi descoberto nos palcos pelo diretor Andrés Bukowinski, que trabalhava na campanha da Bombril.
Outra curiosidade é que ele é parente do humorista Paulo Vieira. “Eu sou primo do Carlos Moreno. Sim, minha família nasceu para dominar a publicidade nacional. PS: nunca conheci, mas falei dele minha infância toda. Era o único famoso da família”, relatou Vieira, no X, antigo Twitter.
Moreno também teve uma experiência internacional, participando do elenco de “A Morte e a Donzela”, dirigido por Roman Polanski e estrelado por Sigourney Weaver e Ben Kingsley.
O ator ainda produziu, em 2014, um musical que homenageava personalidades da música, como Billy Blanco, Dorival Caymmi, Carlos Gardel e Edith Piaf.
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