O jornalista Augusto Nunes fez uma grave denúncia envolvendo o jornal Folha de S.Paulo e a ditadura militar do Brasil nesta quinta-feira (24), durante o programa Oeste Sem Filtro. Segundo ele, o jornal teria publicado reportagem mentirosa na capa afirmando que o militante Eduardo Collen Leite, que era conhecido pelo codinome Bacuri, havia fugido da prisão.
Nunes diz ainda que o jornal com a notícia foi mostrado ao próprio Bacuri, que foi morto sob tortura dias depois.
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“A Folha de S.Paulo concordou em noticiar na capa que um preso político chamado Eduardo Leite, que era conhecido pelo codinome Bacuri, ela noticiou que ele tinha fugido da prisão, quando ele continuava preso e o diretor do jornal sabia, ele trabalhava na polícia”, afirma Nunes.
O jornalista diz ainda que “esse jornal com a fuga do Bacuri foi mostrado ao próprio Bacuri, que morreu sob tortura dias depois. Extremista é quem faz isso aí”.
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Bacuri
Participante da luta armada contra a ditadura militar, Bacuri é considerado o militante que mais tempo passou preso no período da repressão: foram 109 dias sendo torturado em instalações da Marinha, do Exército e pela equipe do delegado Sérgio Fleury.
De acordo com relatos históricos, Bacuri já não movia as pernas quando foi morto. Ao ser reconhecido pela família, não tinha olhos, orelhas e língua.
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