A Jovem Pan News usou parte de um jornal ao vivo na TV, na tarde desta quarta-feira (26), para reclamar do corte de verbas publicitárias destinadas à emissora imposto pelo governo Lula.
Durante o governo Bolsonaro (2019-2022), a Jovem Pan, simpática ao ex-presidente, firmou contratos que chegaram no valor de R$18,8 milhões, segundo informações públicas da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Nos seis primeiros meses do governo Lula, entretanto, os repasses à emissora foram praticamente zerados.
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Agora, a Jovem Pan possui um único registro no sistema de divulgação de verbas federais em 2023, que é de apenas R$ 2.413 para uma rádio afiliada de Manaus, para a veiculação de uma campanha de combate à tuberculose.
Ao noticiar o fato, o jornalista Adalberto Piotto chamou o corte de verbas publicitárias por parte do governo federal de "ataque" e disse que a distribuição dessas verbas foi feita "sem critério". A emissora ainda colocou o empresário Luiz Felipe d'Avila, do Partido Novo, para falar que o governo Lula tem uma "veia ditatorial" e que "não gosta da liberdade de expressão".
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Veja a reclamação
A Secom do governo Lula declarou ao jornal Folha de S. Paulo que se pauta por estudos técnicos apresentados pelas agências de publicidade que levam em conta os seguintes fatores: audiência, segmento, cobertura, etc.
Negacionismo, golpe e fake news
A Jovem Pan se notabilizou nos últimos anos após se aproximar editorialmente do bolsonarismo e de dar espaço para negacionistas e golpistas. Após uma campanha de boicote publicitário, a emissora demitiu colunistas e jornalistas vinculados à militância de extrema direita.
O grupo de comunicação, inclusive, é alvo do Ministério Público Federal por divulgar notícias falsas e incitar atos antidemocráticos.