TERROR BOLSONARISTA

Jovem Pan: quem é o ex-dono de afiliada investigado pela PF por financiar ataque golpista

“Eu contribuí, deputada. Entrego o recibo pra senhora. Não tenho medo de assumir o que eu faço", disse Marcelo Oliveira Jr, que perdeu o selo da Jovem Pan após entrar na mira da PF. Veja vídeo.

Publicações de Marcelo Oliveira Jr. no Facebook.Créditos: Facebook
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O dia não está sendo nada fácil para a Jovem Pan, grupo de emissoras de rádio controlado pela família Amaral de Carvalho.

Além do pedido de cassação da concessão feito pelo Ministério Público Federal (MPF) por atos contra o regime democrático, um dos mais radicais bolsonaristas entre os donos de afiliadas, o empresário Milton Oliveira Júnior, virou alvo da 13ª fase da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal (PF).

Ex-dono de uma afiliada da Jovem Pan em Itapetininga, no interior paulista, Oliveira Júnior é investigado pela PF como provável financiador dos atos terroristas de 8 de Janeiro. A Jovem Pan rompeu o contrato com ele em abril, quando o empresário entrou na mira da PF.

Formado em Jornalismo pela Universidade do Sagrado Coração, em Bauru, e em Administração de Empresas pelas Faculdades Integradas de Botucatu, Oliveira Júnior não esconde em suas redes sociais a preferência por Jair Bolsonaro e políticos da extrema-direita.

Além de dono da 107 FM, de Itapetininga, ele tem uma agência de publicidade chamada Vida Propaganda. Nas publicações, entre mensagens falando de Deus, Oliveira Jr. publica fotos e vídeos com políticos.

As mais recentes são com o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), com quem o empresário se encontrou no evento político Conexidades, em Jundiaí, no dia 17 de junho.

Em programas da rádio de sua propriedade, quando ainda era afiliada à Jovem Pan, afirmou afirmou que ajudou “patriotas” a irem a Brasília “protestar” contra o governo Lula.

“Eu contribuí, deputada. Entrego o recibo pra senhora. Não tenho medo de assumir o que eu faço. Se eu tiver que ser preso porque ajudei alguns patriotas a irem para Brasília fazer protestos contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum“, disse durante entrevista com a deputada federal Simone Marquetto (MDP-SP).

Após entrar na mira da PF, o bolsonarista mudou sua fala e disse que, na realidade, teria dado dinheiro a um amigo “para sua alimentação durante a viagem de retorno de Brasília no dia 20 de novembro de 2022”.