Demitida da GloboNews, há cerca de um mês, depois de criticar a linha editorial da emissora, a apresentadora Cecilia Flesch já anunciou que está pronta para iniciar um novo desafio profissional.
A jornalista, usando de ironia, não deixou de “alfinetar” a GloboNews. Ela disse que já gravou pilotos do programa batizado como Rivonews e, inclusive, registrou a marca no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
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Rivonews é uma referência ao medicamento Rivotril, que atua como relaxante muscular, sedativo, contra crises de ansiedade, entre outras finalidades. Ela usou este termo para classificar a GloboNews, o que determinou sua demissão, após 18 anos de casa.
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“É um projeto para o YouTube e plataformas de áudio. É um programa de jornalismo, mas não segue um formato quadrado. Eu não quero isso”, revelou Cecilia, em entrevista ao F5, na Folha de S.Paulo.
“Pessoas próximas sempre comentavam comigo: ‘Você é tão irreverente, tão leve, mas quando está no ar é outra pessoa’. Na emissora, me pediam para ser mais contida. Eu tentava ser mais descontraída e via outros apresentadores fazendo brincadeirinhas. Por que eu não podia ser um pouco mais leve, como o maravilhoso Marcelo Cosme, por exemplo? Hoje percebo que era pura implicância”, destacou.
Cecilia afirmou que o objetivo do Rivonews é informar com leveza. “Vamos ter muita conversa e discutir as notícias nacionais, internacionais, política, cultura e todos os assuntos em pauta, tudo o que estiver fervendo. Mas tudo de forma descontraída, leve e irreverente. Características minhas que o grande público não conhece”.
A jornalista disse, ainda, que não sente saudade da vida que levava na ex-emissora. “Passou. A vida seguiu mais leve e sem nenhum remedinho tarja preta para dar uma acalmada ou aliviar a pressão. Eles estão ótimos lá e eu também estou ótima cá”.
“Eu era, na cabeça da direção, um elo fraco e muito simples da jogada”, diz
Cecília relatou, também, que as pessoas nas ruas comentam sobre sua saída. “Elas adoram a expressão Rivonews (risos) e dizem não entender a minha saída. Aí, explico que não foi tão surpresa assim, porque eu era, na cabeça da direção, um elo fraco e muito simples da jogada. Todo mundo ali tinha um nicho, um ativo. A Natuza Nery tem o ativo da reportagem do impresso, o Marcelo Cosme da comunidade LGBTQIA+, a Aline Midlej dos negros e eu? Era comum, branca, cis e classe média. Não era nada”.
“Quero ser feliz. Mereço ser feliz e quando o Ricardo Scalamandré (dono da Hub Mídia) veio conversar comigo sobre o projeto, vi que nada acontece por acaso. Chegou a minha hora”, completou Cecilia.