“Traumática” e “horrível”. Assim, a repórter Flávia Jannuzzi definiu sua demissão, depois de 25 anos atuando na Globo, dos quais 16 no Rio de Janeiro, em noticiários regionais e nacionais.
A jornalista revelou que havia uma lista dos que seriam demitidos que circulava entre os funcionários no WhatsApp. Ela só ficou sabendo que seria dispensada quando pessoas próximas começaram a se despedir dela.
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“No dia das demissões eram bolinhos de pessoas, ninguém trabalhando, todo mundo chorando. Os colegas iam sendo chamados um a um pra serem demitidos. Parecia uma lista de Schindler ao contrário, uma coisa horrorosa, estavam sendo abatidos pouco a pouco. Tem colegas que saíram de reportagens para serem chamados e foram demitidos fazendo reportagem. Um clima horroroso, um clima de funeral”, declarou Flávia, em entrevista ao Splash.
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“A forma como tudo aconteceu foi muito fria. Eu tive uma vida dedicada à emissora. Como todo jornalista que se empenha na profissão e que acredita no propósito que ele tem que cumprir, eu me dediquei muito, foram muitas renúncias. Teve muita entrega. Me dediquei demais a uma emissora que me descartou como se eu fosse um número e eu fui só mais um número”, desabafou.
Ela admite insatisfação, mas demissão foi um choque
Flávia destacou, ainda, que estava insatisfeita com o trabalho na Globo e já pensava em deixar a emissora. O que ela definiu como uma “política de relações” seria a razão principal. Porém, admite que a demissão foi um choque.
“Eu não tive estômago de voltar na redação. Eu não consigo passar pelo Jardim Botânico ainda. Me dá um mal-estar, um negócio que eu não consigo dizer o que é. Eu ainda não superei, mas vou superar”, descreveu.