O jornalista William Travassos, conhecido por seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais, obteve êxito em um processo trabalhista movido contra a TV Record, emissora na qual trabalhou como apresentador por 14 anos, de 2004 a 2018. Ele pleiteou o reconhecimento de vínculo trabalhista e o pagamento de direitos como o décimo terceiro salário, alegando que foi contratado como pessoa jurídica sem receber os benefícios previstos pela CLT.
Embora a ação tenha sido avaliada em R$ 9,1 milhões, Travassos não teve todos os seus pedidos acolhidos pela Justiça do Trabalho. A juíza responsável pelo caso, Valéria Nicolau Sanchez, rejeitou a denúncia de dano moral e material apresentada pelo jornalista. A decisão ainda pode ser objeto de recurso em esferas judiciais superiores, como o Tribunal Superior do Trabalho (TST).
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Alegando ter sido obrigado pela empresa a trabalhar como pessoa jurídica, o que violaria a legislação trabalhista, Travassos teve seu pedido reconhecido e o vínculo de emprego com a Record confirmado. Além disso, a emissora foi condenada a pagar os valores devidos ao apresentador, incluindo as verbas rescisórias contratuais.
Dano moral
Travassos também solicitou o pagamento de indenização por dano moral e material, alegando ter sido colocado na "geladeira" pelo então vice-presidente de Jornalismo da Record, Douglas Tavolaro, por ter se recusado a aceitar uma redução salarial proposta em 2015. Ele afirmou ter ficado à disposição da empresa para substituir outros apresentadores, mas sem um programa próprio, por três anos e meio, até o término do contrato em 2018.
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No entanto, a Justiça não acolheu essa alegação, e o pedido de dano moral foi negado. A Record foi condenada a pagar R$ 400 mil mais as verbas trabalhistas indenizatórias. Espera-se que o valor total ultrapasse R$ 2 milhões, levando em conta o tempo de serviço de Travassos na emissora.
Desde que deixou a Record, Travassos trabalhou na Jovem Pan por dois anos, até deixar a emissora em janeiro deste ano. A saída ocorreu como parte de uma reformulação após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2022. O jornalista não se pronunciou sobre o caso, e a Record não comentou a decisão judicial.
Com informações do Notícias da TV