Com passagens pelo Hora News, News das 10, Esporte Record News, entre outras atrações da emissora, a jornalista Rhiza Castro relatou que foi demitida da RecordTV dois dias depois de denunciar um diretor da emissora por assédio sexual.
A ex-apresentadora da RecordNews foi sumariamenmte desligada da empresa no dia 4 de janeiro e registrou boletim de ocorrência (BO) no dia 6 do mesmo mês. Porém, só tornou público o caso agora, porque estava “muito machucada”. Ela não revelou o nome do diretor.
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Rhiza relatou que ingressou com uma ação trabalhista contra a Record e uma criminal contra o acusado. Os processos correm em segredo de Justiça.
“Não estava preparada psicologicamente para ficar voltando ao assunto. Sendo que toda hora tinha que ficar falando por conta do processo. Hoje eu me sinto mais à vontade de falar e com vontade de expor a situação para não ser mais um caso velado”, afirmou, em entrevista à coluna Splash, de Lucas Pasin.
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“Foram meses recebendo muitas mensagens. Tenho todas elas, e isso me ajudou a provar o assédio. [O diretor] fazia convites para jantar, tirava fotos minhas e me mandava elogios, e falava coisas do tipo: 'Assim meu coração não aguenta'. Até presentes ele já me deu. Foram muitas diretas e indiretas”, disse.
“O motivo [da demissão] foi que sofri assédio sexual do meu diretor por quase um ano. No final, eu sofri retaliações porque obviamente eu não cedi. Até que não aguentei mais e fiz a denúncia no RH da empresa. Não tinha feito boletim de ocorrência, nada, levei esse fato ao RH e falei: ‘O que vocês vão fazer?’ E o que eles fizeram foi me demitir dois dias após a denúncia”, contou, em postagem no Instagram.
Rhiza resolveu fazer a denúncia ao RH da Record e ressaltou que encaminhou à emissora provas do assédio. “Denunciei no RH da Record. Fui lá pessoalmente, conversei com o diretor do RH, e ele me pediu que mandasse um e-mail com algumas provas. Fiz isso, e dois dias depois veio a minha demissão. A justificativa foi ‘corte de gastos’, e nunca mais falaram absolutamente nada", apontou ela.
“Tinha esperança que fosse uma empresa que zelasse pelo bem-estar de seus colaboradores. Me enganei. Tenho muito orgulho de ter feito tudo isso, saído dessa prisão. Talvez eu tenha sido a única mulher que teve coragem, porque sei de várias outras pessoas que sofreram na mão dessa pessoa”, acrescentou Rhiza.
Justiça do Trabalho confirma assédio
O advogado da vítima, Thiago Anastácio, destacou que a Justiça do Trabalho confirmou que a jornalista sofreu assédio sexual. Cabe recurso. Em relação à ação criminal, o diretor fez um acordo de transação penal, ou seja, aceita cumprir pena antecipada de multa ou restrição de direitos para o processo ser arquivado. A Record não se manifestou.