O jornalista estadunidense Glenn Greenwald, ex-editor do The Intercept Brasil e que conduziu a série jornalística "Vaza Jato", afirmou em entrevista ao jornalista de extrema direita Tucker Carlson, da Fox News, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é "censurado" pelas gigantes da tecnologia, como Google e Facebook.
"Bolsonaro tem sido repetidamente censurado por grandes plataformas de tecnologia. Ele foi censurado frequentemente ao falar sobre Covid, é frequentemente censurado ao falar das próximas eleições", diz Greenwald. O programa foi gravado no Brasil na última semana.
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A fala do jornalista ignora o fato de que presidente brasileiro já chegou a ser punido por algumas dessas plataformas de tecnologia, mas por divulgar fake news e discurso de ódio, o que não configura censura.
Como é de conhecimento público, Bolsonaro, recorrentemente, dispara notícias falsas sobre as eleições para colocar em xeque a segurança das urnas eletrônicas e, ao longo de toda a pandemia do coronavírus, não só minimizou a crise sanitária para esconder o impacto da Covid-19 no Brasil diante da negligência de seu governo como mentiu à população sobre o assunto em inúmeras ocasiões.
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A Tucker Carlson, no entanto, Greenwald pintou Bolsonaro, que já chegou a o ameaçar de prisão, como uma "vítima do sistema", e comparou o presidente brasileiro a Donald Trump - não pelo negacionismo ou autoritarismo, mas por uma suposta "perseguição" do "establishment".
"Facebook e Google estão essencialmente ditando a brasileiros o que eles podem ou não ouvir do seu presidente democraticamente eleito. Não importa o que se acha do Bolsonaro. É preciso ver que isso é um problema sério (...) É uma dinâmica muito similar ao que aconteceu nos EUA, onde todo o establishment se uniu contra Trump", disparou.
Por conta do comentário, o jornalista já vem ganhando a simpatia de alguns bolsonaristas, que vêm compartilhando o trecho da entrevista em suas redes sociais.
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