Autoridades da Tasmânia decidiram sacrificar 90 falsas orcas que sobreviveram ao encalhe de um grupo de 157 animais em uma praia próxima a Arthur River, localizada na remota costa noroeste do estado.
Equipes de conservação marinha, incluindo veterinários especializados em vida selvagem, chegaram ao local na manhã de quarta-feira (19/02) e confirmaram que 90 das falsas orcas ainda estavam vivas.
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Shelley Graham, do Serviço de Parques e Vida Selvagem da Tasmânia, informou que tentativas iniciais de devolver dois dos animais ao oceano falharam. "A segurança tanto dos animais quanto de nossa equipe é prioridade", afirmou. "Após avaliação veterinária, decidimos que a eutanásia é necessária para garantir o bem-estar dos animais."
Kris Carlyon, vice-controlador de incidentes, explicou que a eutanásia desses cetáceos será realizada por meio de arma de fogo. "Sabemos que essa é a decisão mais apropriada para minimizar o sofrimento, e nossa equipe está comprometida em realizar o procedimento de maneira rápida e humanitária", declarou.
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As autoridades foram notificadas sobre o encalhe na terça-feira (18) à noite por um morador local. Segundo Brendon Clark, do Serviço de Parques e Vida Selvagem da Tasmânia, esta é a primeira ocorrência significativa envolvendo falsas orcas em meio século. "Eventos de encalhe em massa costumam envolver baleias-piloto, mas, desta vez, estamos lidando com falsas baleias assassinas", disse ele durante uma coletiva de imprensa em Hobart. "Estimamos que os animais estejam encalhados há 24 a 48 horas."
A complexidade da operação de resgate é agravada pela localização remota e pelas condições adversas do mar. "A área apresenta ondas fortes e um trecho de aproximadamente 200 metros de águas agitadas, tornando a tentativa de reflutuação altamente desafiadora", explicou Clark. Ele também ressaltou que a segurança das equipes de resgate seria comprometida caso tentassem devolver os animais diretamente ao mar.
As causas do encalhe ainda são desconhecidas, e um reconhecimento por helicóptero indicou que não há outros cetáceos encalhados ao longo de um raio de 10 km.
Além disso, as autoridades alertaram que um incêndio florestal ativo na costa oeste da Tasmânia pode representar riscos adicionais. O público foi orientado a evitar a área afetada para garantir a segurança das operações em andamento.
*Com informações de The Guardian
