Combate a incêndios no Brasil não será afetado por decisão dos EUA

No entanto, decisão gera prejuízo técnico e interrupção de outras ações, segundo Ibama

Créditos: Gage Skidmore/Wikimedia Commons
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirmou nesta terça-feira (11), por meio de nota, que a suspensão da ajuda financeira dos Estados Unidos (EUA) não gera impacto direto no combate aos incêndios florestais no Brasil.

A manifestação ocorre após decisão do presidente, Donald Trump, que suspendeu por 90 dias, por decreto, qualquer assistência internacional, “para avaliação da eficiência programática e da coerência com a política externa dos Estados Unidos”.

Entre as ações financiadas pelo governo norte-americano no Brasil, está o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios, executado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos com o Ibama e outros órgãos brasileiros como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Os recursos são provenientes de uma parceria entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

De acordo com o Ibama, a decisão gera prejuízos técnicos “em virtude da interrupção de algumas ações que poderiam contribuir para a reestruturação das instituições brasileiras, particularmente em termos de capacitação de profissionais”, destaca a nota.

De acordo com o órgão brasileiro, as atividades e reuniões já programadas ainda estão sendo avaliadas pelas instituições envolvidas no Programa e estão sendo mantidas ou remarcadas a critério de cada órgão, sem a participação do Serviço Florestal dos Estados Unidos.

O Ibama ressalta que as ações de prevenção e de combate aos incêndios florestais no país “são executadas com recursos provenientes do orçamento da União e não dependem de recursos externos”.

Recursos suspensos 

No dia 24 de janeiro, organizações ambientais foram surpreendidas por um comunicado da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) informando a suspensão de recursos voltados para ações ambientais por 90 dias.

Desde que reassumiu a presidência, Trump tem promovido mudanças na política ambiental americana, incluindo a saída do Acordo de Paris, a redução de incentivos a projetos sustentáveis e a priorização dos combustíveis fósseis. A nova diretriz do governo de extrema direita, e abertamente composto por negacionistas climáticos, estabelece que apenas iniciativas alinhadas à política externa do presidente continuarão recebendo apoio. 

 

*Com informações de Agência Brasil 

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