O sistema de reservatórios que abastece a região metropolitana de São Paulo está operando abaixo da metade da capacidade devido à seca extrema que atinge o país e reduziu o volume de chuvas nos últimos meses.
De acordo com dados da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Sabesp, o sistema operava, na quinta-feira (26), com 49,7% da capacidade, índice abaixo do registrado em 2013, ano que precedeu a maior crise hídrica de São Paulo em 2014.
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O cenário provoca um alerta de atenção para o abastecimento da região. O próximo estado é o de alerta, quando o volume útil chega a 40% do reservatório.
Segundo a ANA e a Sabesp, neste ano não houve um único mês em que foi registrada a entrada de água no sistema Cantareira acima da média histórica. O sistema é o principal de abastecimento da Grande São Paulo.
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As autoridades esperavam uma soma de 637,2 mm de chuva nos sete reservatórios este ano, mas o volume foi 17,9% do esperado: 114 mm. De acordo com a ANA, a região já passou 66% do período seco deste ano.
Seca histórica no país
O Brasil enfrenta, neste ano, a maior seca do país. O período sem chuvas já é o mais extenso e intenso registrado desde o início da série histórica em 1950, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
No dia 8 de setembro, já eram 1.400 cidades afetadas a nível extremo ou severo pela seca. Esse cenário também vem provocando recorde no número de incêndios e queimadas que, apesar de serem provocados pela ação humana, encontram um ambiente propício para se propagarem devido ao ar seco.
No próprio estado de São Paulo, centenas de focos de incêndios foram registrados no início de setembro, deixando diversas cidades cobertas pela fumaça e aumentando o risco de síndromes respiratórias. Na capital, de agosto até a primeira semana de setembro, 76 mortes em decorrência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Ao todo, segundo dados da secretaria municipal de Saúde divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo, foram registrada 1.523 notificações do problema de saúde no período.
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Na Amazônia, os rios estão secando de maneira alarmante. Nesta segunda-feira (23), o Rio Madeira, um dos mais importantes da Bacia da Amazônia, atingiu recorde negativo de 25cm de profundidade, o que torna impossível a navegação. O Porto de Porto Velho teve que interromper a operação e as comunidades ribeirinhas se encontram isoladas.
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