A seca histórica que atinge a maior parte do país há semanas deve provocar a volta do horário de verão, extinto em 2019. A informação foi anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta quarta-feira (11).
“Quando há qualquer possibilidade que aponte um caminho de uma solução para a modicidade tarifária e para a segurança do setor, é importante ser avaliada. Então, nós estamos na fase de avaliação da necessidade ou não de horário de verão”, declarou o ministro.
A volta do modelo, porém, ainda está sendo debatida e não existe uma decisão definida. O ministro afirmou que além da questão energética, há também a questão econômica da volta do horário de verão.
“Ele [horário de verão] tem outros efeitos que têm que ser analisados pelo governo como um todo, além da questão energética, que é a questão da economia. Ele impulsiona a economia do turismo, dos bares, dos restaurantes e a economia cotidiana”, completou.
O vice-presidente Geraldo Alckmin apoiou a sugestão do ministro, afirmando que o horário de verão "pode ser uma boa alternativa para poupar energia" e que "procurar evitar o desperdício" e "fazer uma campanha" ajudam também.
Horário de verão
O horário de verão começou a ser aplicado regularmente em 1985 e perdurou até 2019. O objetivo da medida era diminuir o consumo de energia nos horários de pico no início da noite, através do adiantamento dos relógios em uma hora.
Durante esse período, o consumo de energia é maior porque é justamente o horário em que as pessoas costumam chegar em casa do trabalho e ligar a TV, usar o chuveiro elétrico e outros equipamentos.
Em 2019, sob a justificativa de que o horário de verão tinha perdido seu objetivo, já que o horário de maior consumo de energia tinha sido deslocado para o período da tarde, o governo federal extinguiu o modelo.
Siga o perfil da Revista Fórum e da jornalista Júlia Motta no Bluesky.