Segundo a Associação Mata Ciliar de Jundiaí (SP), a anta que faleceu após sofrer graves ferimentos em um incêndio em um canavial em Andradina (SP) estava no início de sua gestação. Com o corpo 100% queimado, o animal foi resgatado na quinta-feira (12) e, na madrugada de sexta-feira (13), transferido para a associação.
De acordo com a coordenadora de fauna da Mata Ciliar, Cristina Harumi, além da gestação, é possível que a fêmea estivesse amamentando outro filhote, uma vez que suas mamas estavam cheias de leite. A equipe veterinária acredita que a anta estava amamentando, mas o suposto filhote não foi encontrado. Além disso, segundo avaliação oftalmológica realizada pela ONG, foi constatado que a anta havia perdido a visão devido às queimaduras.
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Após o resgate em Andradina, no noroeste paulista, foi mobilizada uma força-tarefa para transferir o mamífero para Jundiaí, a cerca de 600 km de distância, onde está localizada a Mata Ciliar. A unidade para a qual a anta foi levada é especializada no cuidado de animais de grande porte vítimas de queimaduras.
Queimadas ameaçam a fauna pelo país
De acordo com informações do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) do Bosque e Zoo Fábio Barreto, mais da metade dos animais recentemente resgatados morre. Os que sobrevivem chegam em estado grave e, na maioria dos casos, não têm condições de serem soltos.
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No início do mês, o veterinário Pedro Favoretto relata que o centro recebeu uma paca em estado grave que, devido às queimaduras, também sofreu um aborto espontâneo. "Infelizmente, essa paca chegou já em processo de aborto espontâneo, e o filhote não sobreviveu. Ela chegou com os quatro membros muito queimados, vias aéreas comprometidas, e tememos que isso evolua para um quadro de infecção generalizada, que é comum em pacientes tão graves."
No Cetas do Distrito Federal, a situação é semelhante. Uma onça-pintada com as patas queimadas pelas chamas no Pantanal está lutando para se recuperar, e filhotes órfãos cujas mães morreram no fogo precisam de cuidados intensivos para sobreviver, segundo informa a FaunaNews.
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