ACESSO À ÁGUA

Projeto leva água potável para comunidades atingidas pela seca e queimadas no Pantanal

Iniciativa "Águas que Falam" será ampliada com apoio da empresa Everest para beneficiar pelo menos mil pessoas com ações de monitoramento da água e saneamento básico

Projeto Águas que Falam.Créditos: Águas que Falam/SOS Pantanal/Everest
Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el

O projeto "Águas que Falam", que promove o acesso à água potável e saneamento básico a comunidades vulneráveis que vivem no Pantanal, vai ser ampliado para atingir pelo menos mil pessoas até 2026. Na primeira semana de novembro, as ações em campo contaram com o apoio da atriz e apresentadora Rafa Kalimann.

Com o apoio da empresa Everest, que trabalha com purificadores de água e máquinas de gelo, o projeto criado em 2023 pelo Instituto SOS Pantanal vai ganhar recursos para potencializar ações voltadas para iniciativas de conservação da Bacia do Alto Paraguai. Também visa prestar auxílio a comunidades vulneráveis do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, muitas delas gravemente afetadas pelas queimadas e secas registradas em 2024.

“O projeto 'Águas Que Falam', que começou pequeno como uma investigação da qualidade da água em alguns rios do Pantanal, ganha agora muita força, graças ao apoio da Everest. Com essa oportuna parceria e a experiência da empresa, além de expandir o trabalho para 12 comunidades, levaremos a essa população soluções de potabilização de água, e vamos trabalhar também para ofertar soluções de saneamento básico para essas famílias”, comemora Gustavo Figueirôa, diretor de Comunicação e Engajamento do SOS Pantanal. 

A nova etapa do projeto também contempla a realização de workshops e palestras para profissionais da educação e da saúde da região. Além disso, serão promovidas ações educativas para alunos da rede pública de ensino, incluindo a produção e circulação de um livro infantil e cartilhas. Os esforços possuem o intuito de capacitar a população sobre a conservação das fontes de água doce contribuindo para a saúde dos habitantes. Estima-se que, até o fim de 2026, o projeto envolva 1,2 mil pessoas em sessões de educação ambiental e oficinas e aumente em 300% o engajamento e a participação das populações locais nos eventos e campanhas organizadas.

“A parceria com o SOS Pantanal reflete a essência da Everest. Este projeto incrível visa a conservação do bioma, das fontes de água e do modo de vida das populações locais. Acreditamos que é por meio desse movimento que conseguimos gerar consciência e engajamento social, promovendo a preservação e a restauração desse bioma brasileiro tão rico em biodiversidade", afirma Carlos Alexandre Rangel Guimarães, diretor Executivo da Everest.

Ele ainda acrescenta que "a relação entre o Pantanal e a água é central, também, para a Everest. Sem o equilíbrio de biomas como o Pantanal, não há água, não há vida, não há Everest. É com orgulho que vemos esse projeto expandir em múltiplas frentes com nossa parceria, alcançando cada vez mais impacto e incentivando políticas públicas”.

A atriz e apresentadora Rafa Kalimann aproximou a empresa do SOS Pantanal, graças a sua estreita relação com o instituto, sua colaboração em campanhas e sua atuação como "madrinha" do programa "Brigadas Pantaneiras". Para coroar a nova fase do projeto "Águas Que Falam", a influenciadora voltará em breve ao Pantanal.

Sobre as novas ações

Projeto Águas que Falam beneficia comunidades vulneráveis no Pantanal - Foto: SOS Pantanal/Everest

O novo plano de ação do "Águas Que Falam" envolve atividades em 10 pontos de monitoramento em comunidades distintas, sendo seis delas no Mato Grosso do Sul – duas em Aquidauana, duas em Corumbá, uma em Bonito e outra em Miranda –, enquanto no Mato Grosso quatro pontos serão distribuídos em três cidades: dois em Poconé e outros dois localizados na Chapada dos Guimarães.

As comunidades foram selecionadas, inicialmente, por critérios socioambientais e econômicos, como o pouco acesso à água potável, a escassez de saneamento básico, a vulnerabilidade diante dos impactos das queimadas e da seca, e a exposição a danos causados por elementos como a mineração, o desmatamento, a agropecuária industrial, entre outros problemas. As populações beneficiadas pelo projeto "Águas Que Falam" também foram escolhidas por possuírem estreita ligação de seus modos de vida com os rios, sobretudo em função da atividade da pesca de subsistência, do ecoturismo e, em muitos casos, da captação da água dos rios para consumo humano.

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