Autora de "O fim de tudo (astrofisicamente falando)" — The end of everything (astrophysically speaking) —, Katie Mack explica como, daqui a 5 bilhões de anos, o sol deve "parar de funcionar" como hoje, e essa mudança vai representar o fim da vida no nosso planeta.
Para a BBC, Kate explica que, ao contrário de uma supernova comum (o corpo celeste conhecido como estrela gigante, que explode ao fim da sua vida útil), o sol não deve desaparecer numa explosão — ele não tem massa suficiente para isso.
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De acordo com Mack, o que vai acontecer é muito menos "fatal" para o sol e muito mais catastrófico para a Terra.
Hoje, o sol funciona como um "reator gigante" responsável por transformar hidrogênio em hélio. Nessa transformação, são gerados níveis de energia capazes de manter a estrutura do sol estável — como o ar dentro de um balão.
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No entanto, esse processo deve parar de funcionar corretamente daqui a 5 bilhões de anos — quando o hidrogênio da superfície solar for esgotado.
A fusão nuclear que antes dava estabilidade à estrela vai, então, desacelerar, a pressão vai cair, e o núcleo do sol vai ser comprimido.
Isso, diz Katie, vai representar o fim da vida na Terra: o calor do sol vai aumentar drasticamente, e o hélio antes originado da fusão com o hidrogênio vai ser transformado em elementos mais pesados.
A expansão do sol, que vai virar "uma bola vermelha gigante", deve influenciar os oceanos — e, eventualmente, evaporá-los completamente —, e terá impacto fatal para os planetas vizinhos, Mercúrio e Vênus, que serão provavelmente destruídos.
Além disso, o desbalanço da massa solar deve engolir a Terra ou empurrá-la para uma órbita mais distante.
No futuro, brinca Katie, algum astrônomo alienígena deve observar o espaço e encontrar sinais de que a Terra um dia existiu como o que é hoje — e está deixando de se tornar —, um planeta vibrante e cheio de vida, que foi destruído pelo processo natural de expansão descontrolada do sol.