Neste sábado (8), uma nova tragédia abalou o BioParque do Rio, no Brasil, quando uma quarta girafa importada da África do Sul faleceu enquanto estava sob os cuidados do zoológico. A girafa, que residia temporariamente no resort de Mangaratiba (RJ), veio a óbito após ter sido diagnosticada com o parasita Haemoncus sp, juntamente com outros cinco animais.
Apesar dos esforços das autoridades do parque para reverter a situação, o estado clínico da girafa deteriorou-se rapidamente, resultando em seu falecimento. Uma autópsia será realizada para determinar a causa exata da morte, sob a supervisão de órgãos competentes, conforme relatado pela administração do BioParque.
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Essa girafa fazia parte de um grupo de outras 18 que foram importadas da África do Sul pelo zoológico do Rio. Após sua chegada ao país, em novembro de 2021, elas foram temporariamente alojadas no resort Portobello, em Mangaratiba, antes de serem transferidas para o BioParque na capital fluminense. No entanto, em dezembro do mesmo ano, durante uma operação de captura, cinco girafas conseguiram escapar do confinamento e três delas morreram.
As circunstâncias dessas mortes levantaram suspeitas e levaram a Polícia Federal e o Ministério Público Federal a iniciar investigações. Os resultados revelaram maus-tratos, retirada dos animais do habitat natural e adulteração do processo de importação. No momento, quatro réus estão enfrentando acusações na Justiça Federal, que variam desde maus-tratos até fraude de importação.
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De acordo com a necropsia conduzida pelos veterinários do BioParque, as girafas falecidas foram vítimas de uma doença muscular denominada miopatia. A promotoria responsável pelo caso argumenta que a condição das girafas foi causada por sofrimento intenso e estresse, resultante das condições inadequadas em que os animais foram mantidos.
O Ministério Público Federal também divulgou informações de que as girafas teriam sofrido maus-tratos até maio do ano anterior, período em que ocorreram obras de readequação tanto no resort quanto no BioParque.
Em comunicado anterior, o BioParque afirmou que seguiu todas as normas brasileiras e sul-africanas para a importação das girafas, negando as acusações de retirada dos animais da natureza.
Com a morte da quarta girafa, agora restam apenas 14 no parque. O Ibama, órgão responsável pela fiscalização dos animais, está avaliando possíveis soluções para garantir o bem-estar dos sobreviventes. Enquanto isso, o BioParque do Rio reitera seu compromisso em adotar protocolos de segurança e procedimentos que visem proporcionar o melhor cuidado possível aos animais sob sua responsabilidade.