Já faz alguns bons anos que o mês de junho é comemorado em todo o país como o Mês do Orgulho LGBTQIAP+, e em São Paulo não é diferente. Entre as homenagens oficiais que a cidade presta à comunidade, desde 2019 uma enorme bandeira com as cores do arco-íris é estendida sobre a fachada do exuberante Theatro Municipal, no centro da capital paulista. Neste ano, a lembrança estava armada como de praxe, até que nesta semana a Prefeitura, que tem Ricardo Nunes (MDB) à cabeça, decidiu removê-la.
A ordem mergulhou a Secretaria Municipal de Cultura em uma crise com os funcionários do Theatro Municipal e a Sustenidos, organização social que faz a gestão do espaço. Ambos, trabalhadores e gestores, se mostraram profundamente incomodados com o fim da homenagem.
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A Sustenidos inclusive publicou uma nota em protesto contra a retirada da bandeira. Mas nada, nem a nota pública dos gestores, nem a insatisfação dos funcionários ou a saia justa na Secretaria de Cultura conseguiu fazer com que o prefeito voltasse atrás. As bandeiras acabaram retiradas na última quarta-feira (14).
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“A Fundação Theatro Municipal retirou a bandeira sem concordância da Sustenidos, gestora do Completo Theatro Municipal de São Paulo. A Sustenidos apoia a causa LGBTQIA+ em todos os projetos e equipamentos sob sua gestão, e vem buscando formas de aprimorar continuamente o tratamento do tema institucionalmente”, diz a nota da gestora.
A Prefeitura alegou, por meio de nota oficial da Secretaria Municipal de Cultura, que a retirada das bandeiras se deu por conta da rotatividade de eventos que se dão no local, nem todos com direcionamento ou audiência da comunidade LGBTQIA+. “A remoção foi feita após diversas celebrações em torno dos direitos da comunidade LGBTQIAP+”, diz a nota, referindo-se à Parada do Orgulho LGBTQIAP+ ocorrida no último domingo (11).