A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) entrou com representação no Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) contra o pastor bolsonarista André Valadão por discurso de ódio feito no culto homofóbico intitulado “Deus Odeia o Orgulho.”
A celebração evangélica da Igreja Lagoinha causou revolta na internet pela abordagem homofóbica, agravada pelo fato de acontecer no Mês do Orgulho LGBTQIAP+. André Valadão disse que é preciso odiar pessoas que não estão dentro da heteronormatividade e já havia mencionado que a igreja não é o lugar para pessoas que fazem parte da comunidade LGBTQIAP+.
"Eu preciso odiar a impureza sexual, eu preciso ter ódio daquilo que Deus não criou de forma natural, [...] nojo, eu preciso romper na minha vida, [...], não deixar que isso entre na minha casa, na mente dos meus filhos. [...] Eu não posso tratar com naturalidade aquilo que Deus repugna”, disparou o pastor.
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A fala de Valadão fere a lei 10.948/2001, que prevê punição para qualquer prática que promova discriminação contra pessoas LGBTQIAP+, uma vez que a LGBTfobia se configura em violências físicas, verbais e psicológicas e o incentivo à opressão, desprezo e humilhação, como no caso do discurso do líder religioso.
Vale ressaltar que o Brasil é o país que mais mata a população LGBTIAP+, com uma morte a cada 34 horas, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB).
Erika Hilton é uma mulher transgênero, negra e luta pelos direitos e políticas públicas LGBTQIAP+ com seu mandato. Veja o pronunciamento da deputada federal em sua conta oficial do Twitter:
Os internautas apoiaram a deputada e mostraram-se revoltados com toda a situação: