A morte de Wellington Henrique Cirino Cardoso, estudante de administração na Universidade Federal de São Paulo, acendeu a luz amarela na comunidade LGBT paulista. O jovem de 25 anos foi encontrado morto em seu apartamento com sacos plásticos na cabeça. Por hora, a polícia trata o caso como “morte suspeita”.
Na última quinta-feira (9), com a suspeita de que algo errado poderia ter acontecido, um amigo de Wellington se dirigiu até o apartamento e encontrou o rapaz morto no chão do próprio quarto.
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Wellington trajava um terno azul que ainda estava com a etiqueta da loja e também estava com um pedaço de pano amarrado ao redor do pescoço. Embaixo de sua cabeça havia uma poça de sangue. Na barriga da vítima, havia um pó branco que ainda não foi identificado.
Próximo do corpo havia uma camisinha usada e no chão do quarto e na cama, objetos pessoais, roupas e calçados estavam revirados.
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Após o caso se tornar público, internautas da comunidade LGBT lembraram de outros dois casos com circunstâncias semelhantes: homens gays que vivem sozinhos e que marcaram os derradeiros encontros via aplicativo.
Em setembro de 2020, o ator Luiz Carlos Araújo também foi encontrado morto com um saco plástico na cabeça, e um outro homem que foi encontrado no bairro da Mooca, também com um saco plástico na cabeça.
O caso Wellington
De acordo com o relato de amigos de Wellington, o jovem estava radiante, pois, tinha acabado de se mudar para o apartamento onde foi encontrado. Porém, no dia 2 de março ele parou de responder as mensagens no WhatsApp.
Os amigos de Wellington descartam suicídio e afirmam que ele tinha o costume de marcar encontros por aplicativos. "As circunstâncias que ele foi encontrado, casa revirada, sangue em baixo da cabeça", declarou Marcela Lopes, amiga do jovem e que acredita que o amigo foi assassinado.
Assassinatos em série?
Além dos casos de Wellington e Carlos Araújo, o UOL revelou um terceiro caso de um homem que foi encontrado morto com um saco plástico na cabeça no bairro da Mooca, na Zona Leste de São Paulo.
De acordo com informações do UOL, o gerente de um hotel encontrou a vítima, que tinha 39 anos, sem vida em cima da cama do quarto. A principal hipótese deste caso é de suicídio.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) declarou que, até este momento, não há relação entre as mortes. "O caso é investigado por meio de inquérito policial pelo 14º DP que atua em buscas de elementos que auxiliem no esclarecimento dos fatos. Detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial", declarou em nota a SSP.
Segurança e encontro por aplicativos
Com a onda de medo que tomou conta a comunidade LGBT em São Paulo, visto a semelhança dos casos, o pesquisador e militante LGBT Renan Quinalha produziu um vídeo com dicas de segurança para aqueles que vão se encontrar com pessoas que conheceram em aplicativos.
Para Quinalha, é fundamental que, antes do encontro avisar amigos, privilegiar espaços públicos e não levar em casa no primeiro encontro.
Com informações da Veja, UOL e G1