Neste domingo (15), na Flórida, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi alvo de uma provável tentativa de assassinato, de acordo com o Departamento Federal de Investigação (FBI). O episódio ocorreu por volta de 13h30, quando os seguranças que acompanhavam o empresário perceberam uma atividade suspeita nas imediações do campo de golfe em West Palm Beach.
Segundo relatos das autoridades, uma pessoa portando uma arma de fogo teria se posicionado entre os arbustos, escondido atrás das grades do local, a uma distância aproximada de 275 a 455 metros de Trump. O suspeito, segundo o FBI, foi detido e identificado por Ryan Wesley Routh, de 58 anos. Horas depois, a polícia descobriu no campo de golfe um rifle AK-47, junto com duas mochilas e uma câmera Gopro.
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De acordo com o FBI, os motivos por trás do ataque permanecem desconhecidos, e a investigação busca esclarecer os detalhes do planejamento do atentado. Em uma postagem no X, Ryan Wesley Routh escreveu que a campanha de Trump deveria ser chamada de MASA, ou Make America Slave Again (Escravize a América Novamente, em tradução livre).
O suspeito, que era ativo nas redes sociais, afirmou no texto que a democracia "estava em jogo" nas eleições. Segundo informações dos investigadores, Ryan Wesley Routh viajou à Ucrânia em 2022, onde posou para fotos com combatentes e fez campanhas para recrutar soldados e arrecadar fundos para ajudar na defesa do país. Descreveu Putin como "terrorista" e tentou recrutar afegãos para o conflito, alegando ser um intermediário não oficial do governo da Ucrânia.
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De acordo com uma reportagem do News & Record de 2002, um homem com o nome de Ryan Wesley Routh foi detido após um confronto de três horas com a polícia. Os registros online do Departamento de Correção de Adultos da Carolina do Norte mostram que, em 2002, Routh foi condenado por posse de uma arma de destruição em massa. No entanto, os detalhes específicos do caso não são fornecidos nos registros.
Após o ocorrido, Trump rapidamente enviou um e-mail aos seus principais financiadores de campanha, repetindo o tom dramático que usou após o atentado anterior em Butler, Pensilvânia, em julho. "Estou seguro e bem! Nunca vou me render! Eu sempre vou amar vocês por me apoiar. Unidade. Paz. Torne a América Grande Novamente", escreveu o ex-presidente, transformando o caso mais uma vez em oportunidade de autopromoção. Enquanto isso, a Casa Branca, em comunicado oficial, informou que tanto o presidente Joe Biden quanto a vice-presidente Kamala Harris foram atualizados sobre o ocorrido e expressaram alívio com a segurança de Trump.
De acordo com o Washington Post, o fato de aparentemente não haver mais pessoas envolvidas no incidente leva o FBI a considerar a hipótese de tentativa de assassinato. Fontes ligadas a Trump afirmaram que a ida ao campo de golfe no domingo não estava prevista e foi uma decisão tomada em cima da hora, sem divulgação prévia. Já como parte de sua campanha, o ex-presidente tem uma viagem agendada para Michigan na próxima terça-feira (17), onde participará de um comício eleitoral.
*Com informações de AFP, RFI e Washington Post